Agência francesa de inteligência nega interferência na Romênia

A agência francesa de inteligência (DGSE) rejeitou, nesta segunda-feira(19), as acusações do fundador do Telegram, Pavel Durov, de que a França estaria supostamente interferindo no segundo turno das eleições presidenciais na Romênia.

O segundo turno colocou um candidato de extrema direita contra um pró-europeu em um contexto de extrema tensão, depois que a Justiça romena anulou o primeiro turno realizado em novembro devido à suposta interferência russa.

Apesar da extrema direita liderar os dois primeiros turnos, o candidato pró-europeu Nicusor Dan prevaleceu no segundo contra seu rival George Simion, um fervoroso admirador de Donald Trump.

Durov afirmou na rede social X na noite de domingo que o diretor da DGSE, Nicolas Lerner, pediu a ele para “banir vozes conservadoras na Romênia antes das eleições”. “Eu recusei”, acrescentou.

“A DGSE nega veementemente as alegações de que foram feitas solicitações para banir contas relacionadas a qualquer processo eleitoral”, disse a DGSE em um comunicado.

A Rússia declarou nesta segunda-feira que as alegações de interferência francesa não são novidade.

“O fato de países europeus – França, Reino Unido, Alemanha – estarem interferindo nos assuntos internos de outros países não é novidade”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.

As autoridades romenas denunciaram uma “campanha viral de informações falsas” nas redes sociais com o objetivo de “influenciar o processo eleitoral” e que “mais uma vez traz as marcas da interferência russa”.

A Romênia, membro da União Europeia com 19 milhões de habitantes, tornou-se um pilar fundamental da Otan desde que a invasão russa da Ucrânia começou em 2022.

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