
O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, falecido, nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, documentou o mundo ao longo de sua trajetória na fotografia. Formado em economia antes de se dedicar à fotografia no fim da juventude, Salgado se destacou pela delicadeza e primosidade presente na construção de suas imagens. De Ruanda à Guatemala, passando por Indonésia e Bangladesh, o brasileiro fotografou situações de fome, guerras, êxodos e exploração do trabalho no Terceiro Mundo, com um olhar empático e não condescendente “de quem vem da mesma parte do mundo”, como costumava dizer.
Ao longo de sua vida, o fotógrafo buscou tocar as pessoas por meio de suas produções e defendeu que “não podemos ser apenas espectadores da destruição”, mas sim, “agentes de mudança”. Assim, o autodidata, que também tinha a nacionalidade francesa, deixa um testemunho icônico de centenas de fotografias, publicado tanto em grandes jornais quantos em museus.

“A fotografia pode mudar o mundo. Ela pode mover corações e mentes. Eu fotografo o que há de mais humano em nós: a luta, o sofrimento, mas também a resiliência e a esperança. A luz é o primeiro elemento da fotografia, mas a emoção é o que dá vida à imagem”, expressou Sebastião salgado.

‘Gold – Mina de Ouro Serra Pelada’ de Sebastião Salgado

Indígenas Suruwahá, no Amazonas

Refugiados no campo de Korem, na Etiópia, 1984

Gênesis -Uma baleia-franca-austral entre o Golfo San Jose e o Golfo Nuevo, Península Valdés, Argentina, 2004

Elefante no Parque Nacional de Kafue, Zâmbia. 2010

Campo de Refugiados Ruandenses em Benako, Tanzânia, 1994

Xamã yanomami em ritual durante a subida para o Pico da Neblina, Estado do Amazonas, Brasil, 2014

Serra Pelada – Pará – Brasil, 1986

Coal Miners, Dhanbad, Estado de Bihar, Índia, 1989, Colecção MEP, Paris

Filhotes de elefante marinho na baía de Saint Andrews. Geórgia do Sul, 2009.