Por que Humberto Carrão e Alice Wegmann escondem romance? Vale tudo?

Nas redes sociais, Humberto Carrão e Alice Wegmann passaram a compartilhar momentos juntos — um passeio aqui, um clique espontâneo ali — sempre com aquele toque de carinho que, para os mais atentos, tinha energia de algo a mais. Tudo isso ainda no começo das gravações do remake de Vale Tudo. A suspeita ganhou ainda mais força quando Humberto Carrão deixou um comentário fofo em uma postagem com uma foto que Alice compartilhou nas redes sociais: “Que delícia! Como é bom ter você perto, meu amor!” A declaração virtual aqueceu ainda mais as especulações. A resposta oficial dos dois? Assessoria de imprensa na linha: “São apenas bons amigos.”

Porém, com a novela no ar, não foi preciso mais do que uma troca de olhares entre Afonso Roitman e Solange Duprat na nova versão de Vale Tudo para que o público voltasse a se empolgar.

Tem uma versão de um ditado popular que costuma ser usado nos bastidores da TV: onde há fumaça (e beijos no off), tem fogo. As minhas fontes garantem que ainda não é namoro, mas que os dois estão “ficando sério”. Aquele estágio entre o crush assumido e o namoro oficial. Uma espécie de namoro em modo avião.

Nos Estúdios Globo, ninguém está muito surpreso. Carrão, aos 33 anos, já acumula um histórico de envolvimentos com colegas de elenco, o que lhe rendeu um apelido nos corredores: “Murilo Benício da nova geração”. E, convenhamos, a comparação faz sentido.

Murilo, 53 anos, aliás, pavimentou esse caminho com louvor. Em 1998, viveu romances com Alessandra Negrini (Meu Bem Querer) e Carolina Ferraz (Pecado Capital), ambos iniciados nas coxias e só assumidos meses depois. Em O Clone, em 2001, se apaixonou por Giovanna Antonelli. Já em Avenida Brasil, foi com Débora Falabella que viveu um amor que extrapolou o ambiente de trabalho, sendo mantido sob sigilo por meses antes de ser revelado. Uma fórmula que parece interessante: química em cena, silêncio fora dela — e só depois, a confirmação.

Carrão parece seguir um roteiro similar. Namorou Bianca Bin após a Oficina de Atores da Globo e Malhação, e depois engatou um relacionamento de quase uma década com Chandelly Braz, sua colega de elenco em Cheias de Charme. Entre uma relação e outra, também surgiram rumores de affair com Sophie Charlotte, Grazi Massafera e Rafa Kalimann.

Agora, com Alice, o enredo parece continuar de uma maneira bem especial. Eles já haviam trabalhado juntos em A Lei do Amor, em 2016, onde alguns comentários nos bastidores diziam que os olhares entregavam mais do que a sinopse previa. O reencontro em Vale Tudo parece ter reacendido não só a parceria cênica, mas também algo mais íntimo.

Então, por que esconder? Por que o talentoso casal que encanta no horário nobre da Globo insiste em manter a vida amorosa escondida?

A explicação é, no fundo, até compreensível. Assumir um romance durante a exibição de uma novela pode ser interpretado como oportunismo ou jogada de marketing. Também corre o risco de desviar o foco da narrativa. E, em tempos de redes sociais, qualquer passo em falso de um casal famoso pode viralizar em poucos minutos e virar uma grande dor de cabeça.

Mas, confesso que vejo algo mais profundo aqui. Em um mundo onde a exposição virou moeda corrente, talvez o silêncio seja um belo gesto de afeto genuíno. Uma tentativa de preservar o que ainda está em construção. Onde, quem sabe, sobram questionamentos e ainda faltam algumas certezas.

Quantas vezes na vida não me perguntei se deveria ou não publicar uma foto ou um story de casal? Quantas vezes deixei para depois o compartilhamento do status do “tô conhecendo alguém”, por que preferi ter algumas respostas antes e evitar o desgaste de ter que justificar um possível afastamento? Se Humberto e Alice preferem se resguardar, talvez estejam apenas praticando algo que muitos de nós também fazemos: proteger o que ainda é frágil — ou simplesmente privado.

Mas, claro, faz parte do jornalismo de celebridades buscar o flagra, a informação de bastidor. É do jogo. Aliás, devolvo a provocação: quem nunca ficou com a pulga atrás da orelha diante de duas pessoas anônimas que são próximas demais, que a gente desconfia que se pegam, mas que não assumem por nada? Coisa da vida real.

A psicoterapeuta belga Esther Perel, especialista em relações, defende que o desejo cresce na distância e no mistério. Já o excesso de exposição, por outro lado, pode acelerar o desgaste de vínculos ainda em formação. Por outro lado, como lembra Brené Brown, pesquisadora americana sobre vulnerabilidade, assumir uma relação publicamente também pode ser um ato poderoso de coragem e conexão. A decisão, portanto, não é sobre certo ou errado — mas sobre o que se encaixa melhor no momento e no perfil emocional de quem vive a história.

Há quem prefira o feed. E há quem escolha o bastidor. E tudo bem.

No fim, se vale tudo ou não, depende menos do que dizem as pessoas — e mais do que dizem os corações envolvidos. Porque algumas vezes, é assim mesmo: o amor verdadeiro começa nos bastidores, de forma discreta, para só depois ganhar os holofotes.

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