Julgamento da morte de Maradona tem audiência para definir futuro de juíza

Teve início nesta terça-feira (27) na Argentina o processo que poderá definir o futuro do julgamento da equipe médica do ex-jogador Diego Armando Maradona, morto em 2020.

O tribunal argentino também deve deliberar sobre uma investigação envolvendo a juíza Julieta Makintach, que participa do caso e é suspeita de ter atuado em um documentário secreto sobre o próprio julgamento.

A suspensão do processo ocorreu no último dia 20 de maio, por sete dias, após solicitação do Ministério Público, que pediu a apuração da conduta de Makintach. A magistrada é acusada de possível parcialidade e de ter permitido a entrada de dois cineastas na sala de audiências.

Imagens da TV do Supremo Tribunal da Província de Buenos Aires mostraram supostos documentaristas registrando o primeiro dia do julgamento, ocorrido em 11 de março.

Nesta terça, Makintach chegou ao tribunal, mas não falou com a imprensa.

O julgamento da equipe médica de Maradona, iniciado em março, ocorre mais de quatro anos após a morte do ídolo argentino e movimenta paixões no país, onde o eterno camisa 10 da seleção campeã mundial em 1986 continua sendo venerado.

Sete profissionais de saúde enfrentam acusações no tribunal, em um processo que deve se estender por meses. Um oitavo réu será julgado por júri popular em julho. Caso sejam condenados, os acusados podem pegar penas que variam de oito a 25 anos de prisão.

Maradona morreu em casa, aos 60 anos, em novembro de 2020, vítima de insuficiência cardíaca enquanto se recuperava de uma cirurgia para retirada de um coágulo no cérebro. A defesa da equipe médica nega as acusações de “homicídio simples com dolo eventual” relacionadas ao tratamento do ex-jogador do Napoli.

(Claudia Martini, Miguel Lo Bianco, Gloria Lopez)

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