Pelo menos cinco amarras de plataformas de petróleo da Petrobras foram rompidas em duas plataformas no Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, no último mês. Na estação P-38, que conta com oito amarras, três delas sofreram rompimento. Já na P-19, duas amarras romperam de um total de 16.
A Petrobras desembarcou 24 petroleiros durante a operação. Ainda segundo a estatal, a instalação está em processo de descomissionamento, após o encerramento da sua produção no final de 2022 e afirma que irá realizar os reparos necessários.
Os rompimentos são acompanhados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF). As amarras auxiliam na estabilidade das plataformas durante a movimentação causada pelo balanço do mar e impactos climáticos.
“Os sistemas de amarras são projetados com sobras, são cálculos para previsões de duração centenária, o rompimento de amarras não deve ser normal, mas pode acontecer… Eu já vi rompimento de amarras por falta de manutenção, diz Eberaldo de Almeida Neto ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás.
No último sábado (10), na plataforma flutuante P-19, ancorada a 179 km da costa do litoral de Campos dos Goytacazes, por volta das 16h, a tripulação sentiu um balanço fora do padrão e após inspeção foi constatado o rompimento de das amarras.

“O rompimento das amarras é mais uma consequência do sucateamento que a Petrobrás sofreu nos últimos anos, durante os últimos governos”, destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
Na P-38, por conta do rompimento das três amarras, a Petrobras desembarcou as equipes não essenciais e está atuando com os recursos disponíveis para manter a segurança no local, por conta da ocorrência, as produções das plataformas P-40 e P-56 que escoam para a P-38 estão interrompidas.
A empresa afirma que a unidade encontra-se em posição segura.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Sindicato alerta para rompimento de amarras em plataformas da Petrobras no RJ no site CNN Brasil.