VÍDEO: Agiota preso em operação ameaçou comerciante com arma em punho: ‘Vou matar sua família inteira’


Além dele, outros seis agiotas estrangeiros foram detidos pela polícia. Operação também sequestrou R$ 400 mil em veículos e apreendeu R$ 30 mil em Goiás. Vídeo mostra suspeito de agiotagem fazendo ameaças durante cobrança, em Goiás
Um dos investigados pela operação que prendeu sete agiotas em Goiás gravou um vídeo ameaçando um comerciante com arma de fogo e munições (veja acima). Na imagem, divulgada pela Polícia Civil, ele ameaça matar a família da vítima.
“Vou matar sua família inteirinha. Você está achando que estou de brincadeira? Eu vou fazer um ‘puxado’ do seu nome e descobrir o endereço da sua avó, vou descobrir o endereço da sua mãe, do seu pai, dos seus filhos. Você está achando que você pegou dinheiro com parente seu? Você pegou dinheiro com o agiota, rapaz!”, afirma.
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O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia e, por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Segundo a polícia, dias depois que o referido vídeo foi gravado e enviado à vítima, a residência dela recebeu diversos disparos de arma de fogo. O autor do vídeo está entre as sete pessoas que foram presas temporariamente, no âmbito da operação policial que cumpriu 33 ordens judiciais, nesta quarta-feira (15), em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Caldas Novas.
Dessas 33 ordens judiciais, nove foram mandados de prisões temporárias, cinco mandados de busca e apreensão e 19 sequestro de bens. Além das prisões, a operação também sequestrou R$ 400 mil em veículos e apreendeu R$ 30 mil em dinheiro.
Ao g1, o delegado responsável pela investigação, Thiago César, informou que os suspeitos que foram presos devem passar por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira(15).
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Cobranças e ameaças feitas por suspeitos de agiotagem, em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
Cobranças violentas
Segundo a Polícia Civil, a investigação começou quando comerciantes e autônomos denunciaram que estavam recebendo cobranças violentas de agiotas estrangeiros. A polícia identificou oito agiotas colombianos e um brasileiro, que fazia a cobrança direta das vítimas.
As vítimas disseram à polícia que foram abordadas por indivíduos oferecendo empréstimos facilitados e sem burocracia. Entretanto, após a liberação do dinheiro, as vítimas eram obrigadas a pagar parcelas todos os dias, conhecido como pagamento “pinga-pinga”, mas com altos juros que variavam de 20% a 50%, por atraso diário.
Ainda de acordo com a polícia, os suspeitos colombianos se dividiam em três núcleos, enquanto o brasileiro fazia as cobranças violentas. A polícia informou que os suspeitos devem responder pelos crimes de usura, associação criminosa, extorsão e perseguição.
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