Com apoio do MDB de Nunes, Ricardo Teixeira caminha para presidência da Câmara de SP

O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) foi indicado nesta quinta-feira, 26, como o representante de seu partido na disputa pela presidência da Câmara Municipal de São Paulo. Logo em seguida, o parlamentar recebeu o apoio da bancada municipal do MDB, legenda do prefeito Ricardo Nunes, na disputa.

Em nota, a sigla do prefeito informou que vai acompanhar a indicação feita pelo União Brasil, fechando questão no voto ao vereador Ricardo Teixeira. A eleição para a Mesa Diretora da Câmara de São Paulo está marcada para 1º de janeiro. Na próxima legislatura, MDB e União Brasil terão sete vereadores cada um.

Como antecipado pelo Estadão em novembro, Teixeira é o nome favorito de Nunes para presidir a Câmara. Ex-secretário de Mobilidade e Trânsito da gestão emedebista, Teixeira é visto como um parlamentar experiente, conhecido por manter boas relações com os colegas, inclusive da oposição.

Sua proximidade com Nunes e experiência foram decisivas para que Teixeira fosse escolhido como candidato do União Brasil, superando outros nomes da sigla. Entre seus adversários estavam Silvão e Rubinho Nunes. Embora o primeiro não tivesse experiência na Câmara, contava com o apoio do atual presidente da Casa, vereador Milton Leite. Porém, o apoio do cacique partidário não foi suficiente para emplacar o nome do vereador recém-eleito.

Já Rubinho foi vetado pelo próprio prefeito Ricardo Nunes. O veto do mandatário ocorreu porque, durante as eleições municipais, o vereador do União Brasil apoiou a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo.

Assim, o nome de Teixeira foi ganhando força dentro do União Brasil devido à falta de consenso para garantir o cumprimento do acordo firmado entre seu partido, o MDB e o PL. Com o apoio de Nunes para a cabeça de chapa, o União Brasil aceitou que o coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) fosse o candidato a vice. Em contrapartida, obteve o compromisso de que o prefeito, o MDB e o PL apoiassem um nome da sigla para presidir a Câmara.

Parlamentares da oposição ouvidos pelo Estadão reconhecem que Teixeira tem o perfil adequado para presidir a Câmara, destacando sua habilidade em honrar compromissos e dialogar com diferentes setores. No entanto, o apoio total da oposição a Teixeira ainda não está garantido.

O PSOL, que terá seis cadeiras na próxima legislatura, deve lançar um candidato próprio para disputar a presidência com o nome governista. Na eleição anterior, o PSOL apresentou a vereadora Luana Alves, que foi derrotada por Milton Leite por 49 votos a 6, com apoio de petistas e bolsonaristas.

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