Autópsia de ex-ditador do Suriname revela morte por ‘insuficiência hepática’

O ex-presidente do Suriname, Desi Bouterse, morreu de grave “insuficiência hepática”, revelou um relatório da autópsia.

Bouterse morreu na última terça-feira, aos 79 anos, na clandestinidade. Ele foi solicitado pela justiça a cumprir uma pena de 20 anos de prisão pela execução de opositores em 1982, quando já havia tomado o poder pelas armas.

A Promotoria informou no sábado que o laudo determinou “que a causa da morte foi uma complicação de insuficiência hepática devido à fibrose hepática grave causada pelo consumo crônico de álcool”.

“O corpo será entregue aos familiares. A investigação policial continua”, acrescentou.

As autoridades buscam determinar a localização do seu esconderijo e as condições em que seu corpo foi transferido para a sua residência. O legista colocou a data da morte entre 23 e 24 de dezembro.

O funeral ainda não tem data marcada, mas o governo descartou honras de Estado.

Bouterse tinha 34 anos quando assumiu o poder pela força em 1980. Deixou o cargo em 1987 sob pressão internacional, mas o retomou em 1990, após um segundo golpe, desta vez sem derramamento de sangue.

Esse mandato durou um ano. Ele foi então eleito presidente em 2010 e governou até 2020.

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