Juiz nega recurso de Trump para adiar sentença de condenação por suborno

O juiz Juan Merchan negou o pedido de Donald Trump para adiar a divulgação da sentença da condenação por suborno à atriz de filmes adultos Stormy Daniels, disse o magistrado em um documento nesta segunda-feira (6).

A sentença está marcada para ser revelada nesta sexta-feira (10). Entretanto, os advogados de Trump provavelmente recorrerão da decisão de Merchan para um tribunal de apelações de Nova York.

Na manhã desta segunda-feira, os representantes do presidente eleito entraram com um recurso pedindo que um tribunal de apelação de Nova York anule as duas decisões recentes de Merchan que mantiveram a condenação no caso de suborno.

Ao mesmo tempo, em que pediram separadamente que o juiz adiasse a sentença de Trump enquanto ele recorre do caso.

As manobras legais de Trump ocorrem no mesmo dia em que ele foi certificado como vencedor das eleições presidenciais de 2024 – e quatro anos desde que seus apoiadores invadiram o Capitólio dos EUA.

Na semana passada, Merchan rejeitou o pedido de Trump para que a anulação fosse condenada porque foi eleito presidente, agendando a sentença para sexta – embora tenha deixado claro que não o condenaria à prisão.

Os advogados de Trump argumentaram que a sentença deve ser suspensa enquanto seus recursos são julgados.

“O Tribunal deve anular a audiência de sentença agendada para 10 de janeiro de 2025 e suspender todos os prazos posteriores no caso até que os recursos de imunidade do presidente Trump sejam total e finalmente resolvidos, o que deve resultar na rejeição deste caso, que nunca deveria ter sido iniciado em primeiro lugar”, afirma o processo.

Trump foi condenado por 34 acusações de falsificação de registros comerciais de pagamentos ao seu então advogado Michael Cohen para reembolsar um pagamento de $ 130 mil em dinheiro para que a estrela de filmes adultos Stormy Daniels não falasse sobre um suposto caso que teve com o republicano antes da eleição de 2016.

O presidente eleito deveria ser sentenciado no caso em julho, mas isso foi adiado para depois da eleição à luz da decisão da Suprema Corte dos EUA sobre imunidade presidencial parcial.

No mês passado, no entanto, Merchan rejeitou a tentativa de Trump de anular o caso com base na imunidade presidencial.

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