Maduro diz que dois americanos foram presos entre grupo de “mercenários” na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (7) que dois cidadãos americanos foram presos no país. O líder venezuelano afirmou que eles faziam parte de um grupo de sete “mercenários”, em comentários transmitidos pela televisão estatal.

Maduro, que alegou que os cidadãos americanos detidos eram de “nível muito alto”, não forneceu mais detalhes ou evidências das prisões.

“Só hoje capturamos sete mercenários estrangeiros, incluindo dois mercenários importantes dos Estados Unidos”, disse Maduro, que deve assumir o cargo para um terceiro mandato nesta sexta-feira (10) após uma contestada eleição no ano passado que a oposição afirma ter vencido de forma esmagadora.

Maduro afirmou que o grupo dos presos também inclui dois colombianos e três ucranianos.

No mês passado, o governo da Venezuela libertou dezenas de prisioneiros, incluindo 10 americanos, após meses de negociações entre Caracas e Washington, enquanto os EUA libertaram um aliado próximo do presidente, o empresário colombiano Alex Saab.

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Maduro diz que dois americanos foram presos entre grupo de “mercenários” na Venezuela no site CNN Brasil.

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