Primeiro-ministro da Groenlândia diz que povo deve se unir após falas de Trump

Em meio às consequências da afirmação do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que deseja tornar a Groenlândia parte dos Estados Unidos, o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, participou de um evento na Representação da Groenlândia em Copenhague nesta quinta-feira (9).

Trump, que toma posse em 20 de janeiro, disse nesta semana que o controle dos EUA sobre a ilha estrategicamente importante era uma “necessidade absoluta” e não descartou o uso de ações militares ou econômicas, como tarifas contra a Dinamarca, para que isso acontecesse.

A Groenlândia, a maior ilha do mundo, faz parte da Dinamarca há mais de 600 anos, embora os seus 57 mil habitantes governem agora os seus próprios assuntos internos.

Num discurso no evento, Egede disse que o povo groenlandês, onde quer que vivesse, tinha de permanecer unido:

“Nos tempos que vivemos, devemos estar unidos para estarmos prontos para um novo futuro que o nosso país está a caminho.”

Anteriormente, Egede manteve conversações com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, e o ministro das Relações Exteriores, Lars Lokke Rasmussen.

Frederiksen, que disse esta semana que não conseguia imaginar que os Estados Unidos recorreriam a uma intervenção militar na Groenlândia e que cabia ao povo da Groenlândia decidir o que quer, convocou os líderes dos partidos políticos da Dinamarca para uma reunião às 18h30 GMT em Quinta-feira para um briefing sobre o interesse renovado de Trump.

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