Covid-19 lidera óbitos em casos de doenças respiratórias na Paraíba durante 2024


Estado registrou um total de 1.714 casos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), representando um aumento de 20,96% quando comparado com o ano de 2023. De 01 de janeiro a 14 de junho de 2023, foram notificados 1.703 casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs).
Reprodução
A Paraíba registrou um aumento de 20,96% nas notificações de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em 2024, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgado nesta quinta-feira (9). O SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19, predominou em idosos e crianças menores de um ano, representando também a maior causa de óbitos por SRAG no estado.
O balanço aponta que foram identificados 1.714 casos entre as 4.378 notificações. Em 2024, 472 óbitos por SRAG foram registrados, dos quais 93 foram atribuídos à Covid-19, representando um aumento de 38,81% em comparação a 2023.
A Influenza A foi responsável por 50 óbitos, 66,67% deles em idosos acima de 60 anos, com residentes em diversas cidades paraibanas, como João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras e Picuí.
Já o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi responsável por 24 mortes, seguido por Enterovírus (7), Parainfluenza 3 (7) e outros vírus, como Metapneumovírus e Bocavírus, que registraram casos isolados ou associados a co-detecções.
Outros óbitos foram atribuídos a vírus como Enterovírus, Parainfluenza e Metapneumovírus, entre outros. Além disso, 10 mortes ainda estão sob investigação, sendo três delas em João Pessoa.
Entre os grupos mais afetados, destacam-se:
Idosos acima de 60 anos e crianças menores de um ano: SARS-CoV-2 foi predominante, com 122 casos registrados em pessoas acima dos 60 anos e 30 casos em crianças menores de um ano.
Crianças até 4 anos: 24,56% dos casos de vírus respiratórios confirmados em 2024 ocorreram em crianças menores de 5 anos, totalizando 278 casos. Entre os vírus mais incidentes estão o Rinovírus, Parainfluenza 3 (31 crianças com até 4 anos de idade) e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que registrou 372 casos em crianças menores de um ano.
A chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA) da SES, Fernanda Vieira, alertou para a necessidade de reforçar medidas preventivas.
“As vacinas são fundamentais para reduzir casos graves e óbitos, tanto contra a Covid-19 quanto contra a Influenza”, destacou.
Crescimento de vírus respiratórios
Comparando 2023 e 2024, os dados mostram aumentos expressivos:
Influenza A: Crescimento de 523,08%.
Parainfluenza 3: Crescimento de 334,62%.
Rinovírus: Crescimento de 184,24%.
VRS: Crescimento de 188,33%.
Medidas de prevenção
A SES reforça a necessidade de atenção especial aos idosos, crianças e pessoas com comorbidades, já que são os mais afetados por doenças respiratórias graves.
Diante do cenário, a reforça a importância de medidas simples para conter a transmissão dos vírus respiratórios como:
Manter o esquema vacinal atualizado para Covid-19 e Influenza.
Evitar aglomerações e usar máscara em caso de sintomas gripais.
Higienizar frequentemente as mãos e ambientes.
Realizar etiqueta respiratória (cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com lenço ou antebraço).
Não compartilhar objetos pessoais, como talheres e copos.
Além disso, recomenda-se manter janelas abertas para ventilação e higienizar brinquedos e objetos de uso comum, especialmente entre crianças.
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