Autoridades libanesas anunciam mortes de 5 pessoas em bombardeio israelense no sul

Cinco pessoas morreram nesta sexta-feira (10) no sul do Líbano em um bombardeio israelense, que, segundo o Exército, tinha como alvo um caminhão de armas do Hezbollah, informou o Ministério da Saúde libanês.

O ataque ocorre no momento em que vigora, desde 27 de novembro, um frágil cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista libanês, e após dois meses de guerra aberta.

A Agência Nacional de Notícias (NNA na sigla em ingês) libanesa informou que “um drone israelense atacou um veículo” na localidade de Tair Deba, perto da cidade costeira de Tiro, a cerca de 20 quilômetros da fronteira com Israel.

Uma fonte de segurança libanesa que pediu anonimato informou à AFP que um lançador de foguetes foi atacado e que foguetes explodiram.

O Exército israelense afirmou que atacou um caminhão que transportava armas do Hezbollah.

“Vários terroristas foram identificados carregando um caminhão de armas utilizadas pela organização terrorista Hezbollah no sul do Líbano”, indicou o Exército em um comunicado, no qual precisou que um avião militar havia atacado o veículo “com o objetivo de eliminar a ameaça”.

O Exército assegurou que havia atuado “conforme os acordos de cessar-fogo alcançados entre Israel e Líbano”.

O bombardeio ocorre quando restam pouco mais de 15 dias para o fim do cessar-fogo.

Segundo o acordo, o Exército libanês se deslocará junto às forças de paz no sul do país, enquanto o Exército israelense se retirará por um período de 60 dias que terminará em 26 de janeiro.

O Hezbollah deve retirar suas forças destacadas a norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira, e desmantelar qualquer infraestrutura militar que reste no sul do país.

Ambas as partes se acusam mutuamente de violar a trégua.

Israel continuou realizando ataques esporádicos no sul e no leste do Líbano, apesar da entrada em vigor do cessar-fogo.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse no domingo que o Hezbollah não está respeitando os termos do cessar-fogo, depois de o movimento libanês pró-iraniano acusar Israel de continuar violando a trégua.

França, Estados Unidos, Líbano, Israel e a força de manutenção da paz das Nações Unidas no Líbano, Unifil, integram um mecanismo de supervisão para garantir o cumprimento dos termos do acordo.

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