Mãe de brasileiro encontrado morto no Rio Sena pede orações pelo filho: ‘Descansar na paz e luz’


Fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa estava desaparecido desde 26 de novembro. Família foi informada sobre localização do corpo nesta quinta-feira (9). Corpo de fotógrafo brasileiro é encontrado em Paris
A mãe do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, encontrado morto no Rio Sena, próximo a Paris, na França, no último sábado (4), pediu orações pelo filho e pela família.
Em publicação nas redes sociais na tarde desta sexta-feira (10), Marta Maria de Castro disse que o consulado entrou em contato com a sobrinha dela, nesta quinta (9), para informar que o corpo de Flávio havia sido localizado.
“Agradeço a todos pelo carinho, orações e apoio com Flávio, comigo e família durante esse tempo. Peço que continuem orando pela família e pelo Flávio descansar na paz e luz”, escreveu.
Publicação de Marta Maria de Castro, mãe do fotógrafo mineiro encontrado na França
Facebook/ Reprodução
Flávio de Castro Sousa estava desaparecido desde 26 de novembro de 2024. Segundo as investigações, ele teria caído na água na Ilha dos Cisnes, perto da Torre Eiffel, e, por causa da correnteza, percorrido cerca de 20 km até Saint-Denis, cidade vizinha à capital francesa.
O Ministério das Relações Exteriores recebeu informações da polícia francesa sobre a morte do fotógrafo nesta quinta-feira (9).
“O Itamaraty, por meio do Consulado em Paris, está em contato com os familiares e permanece à disposição para prestar assistência consular”, afirmou a pasta, em nota.
De acordo com amigos de Flávio, a polícia francesa trabalha com a hipótese de que a morte tenha sido causada por afogamento. Não havia sinais de violência.
O g1 procurou a Prefeitura de Polícia de Paris, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Desaparecimento
Morador de Belo Horizonte, Flávio de Castro Sousa chegou a Paris em novembro do ano passado. Ele tinha uma passagem de volta ao Brasil para o dia 26 daquele mês, data em que desapareceu. O fotógrafo tinha o hábito de visitar a Europa a trabalho.
Nas redes sociais, o brasileiro se apresentava como Flávio Carrilho e dizia ser um entusiasta da fotografia analógica. As últimas postagens dele foram feitas em 25 de novembro.
Uma das publicações é um retrato do artista em frente ao Museu do Louvre, com uma câmera nas mãos. Outros posts são fotos de pontos turísticos de Paris.
Flávio de Castro Sousa
Arquivo Pessoal
Flávio foi visto pela última vez em um apartamento de aluguel por temporada na Rue des Reculettes, em Paris.
Apesar de o check-in para o voo de retorno ao Brasil ter sido feito na companhia aérea, o fotógrafo não embarcou. Um amigo de Flávio recebeu uma mensagem de um conhecido francês dizendo que o mineiro tinha se acidentado e recebido atendimento no Hôpital Européen Georges-Pompidou.
Após ser liberado, ainda segundo o homem, o brasileiro se dirigiu ao apartamento alugado por temporada para tentar estender a estadia e, depois, não deu mais notícias. Os pertences dele, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel pelo francês.
A mãe de Flávio passou a ligar insistentemente para o celular do filho e, na madrugada do dia 28 de novembro, o funcionário de um restaurante atendeu. Ele não falava português e passou a ligação para um colega brasileiro, que explicou que o aparelho tinha sido encontrado em um vaso de plantas no início da manhã do dia 27, na porta do estabelecimento.
Em dezembro do ano passado, policiais fizeram buscas em necrotérios e hospitais por Flávio. Ele também foi incluído na Difusão Amarela da Interpol – a lista contém nomes de pessoas desaparecidas ao redor do mundo.
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