Enviado de Trump para o Oriente Médio se reúne com Netanyahu

Steve Witkoff, o enviado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Oriente Médio, se reuniu neste sábado (11) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em meio aos esforços para assegurar um cessar-fogo em Gaza, de acordo com o gabinete do premiê.

Após a reunião, Netanyahu enviou uma delegação de alto nível, que inclui o chefe da agência de inteligência israelense Mossad, para o Catar com o objetivo de “avançar” nas negociações para a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, segundo comunicado do gabinete.

Mais cedo neste sábado (11), uma autoridade israelense informou que “um progresso foi feito” nas negociações indiretas entre Israel e o grupo palestino Hamas, mediadas pelo Egito, Catar e Estados Unidos, para chegar a um acordo em Gaza.

Os mediadores estão fazendo novos esforços para chegar a um acordo para interromper os combates no enclave e libertar os reféns israelenses antes de Trump tomar posse em 20 de janeiro.

Witkoff chegou em Doha na sexta-feira (10) e se encontrou com o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, de acordo com uma declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Catar.

Mediadores do Egito e do Catar receberam garantias de Witkoff de que os EUA continuarão trabalhando em direção a um acordo para acabar com a guerra em breve, disseram fontes sem mais detalhes.

Neste sábado (11), o serviço de emergência civil palestino afirmou que oito pessoas foram mortas, incluindo duas mulheres e duas crianças, em um ataque aéreo israelense contra uma antiga escola que abrigava famílias deslocadas em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

O Exército de Israel disse que o ataque tinha como alvo membros do Hamas que estavam operando na escola e que havia tomado medidas para reduzir o risco de danos a civis.

Mais tarde, o Serviço de Emergência Civil de Gaza comunicou que cinco pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas em dois ataques israelenses. Um dos dois ataques matou três pessoas em uma casa perto do bairro de Daraj, na Cidade de Gaza.

Não houve comentários imediatos do Exército israelense.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Enviado de Trump para o Oriente Médio se reúne com Netanyahu no site CNN Brasil.

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