A primeira ação de Sidônio Palmeira à frente da Secom

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, já deixou sua marca na pasta mesmo antes de sua posse, realizada na manhã de terça-feira, 14. Além de mudanças nas secretarias, com saídas de aliados de Lula e Janja da Silva, Palmeira já mexe suas peças nas ações de marketing do governo.

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Na segunda-feira, 13, Sidônio entrou em contato com agências associadas ao Palácio do Planalto para encomendar uma peça publicitária para desmentir as notícias de que a Receita Federal passará a cobrar as transferências via Pix. A informação divulgada nas redes sociais é falsa.

A ideia é lançar uma propaganda informativa para a população e evitar que uma crise se instale no Planalto. Auxiliares palacianos afirmaram ao site IstoÉ que há uma preocupação com a reprovação do governo caso as notícias escalem de forma descontrolada, como na última semana.

A tendência, segundo interlocutores ouvidos pela reportagem, é que a peça fique pronta nos próximos dias. O Planalto quer a veiculação da peça até o final desta semana.

A Receita Federal apresentou, há uma semana, novidades na fiscalização de transferências via Pix. O objetivo, segundo o Fisco, é evitar sonegação fiscal.

Com as novas regras, bancos, fintechs e empresas de pagamento deverão informar à Receita Federal sobre transferências acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. A Receita não saberá a origem nem o destino dos valores.

Mudanças nas secretarias

Sidônio Palmeira também já começou a utilizar sua carta branca nos cargos da Secom. Demitiu o secretário de Imprensa, José Chrispiniano, que assessora Lula há pelo menos 14 anos, além de Brunna Rosa, responsável pelas redes sociais do governo.

Laercio Portela, que chefiou a Secom temporariamente em 2024, assumirá o lugar de Chrispiniano. Já Mariah Queiroz comandará as redes sociais do governo. Ela ficou conhecida por chefiar as redes do prefeito de Recife, João Campos (PSB), durante as eleições de 2024.

Mesmo com as demissões, Chrispiniano e Brunna não devem sair da alçada do governo. Lula não quer se desfazer de seu fiel assessor, enquanto Brunna Rosa tem respaldo da primeira-dama, Janja da Silva, e deve se manter no Planalto. Os cargos ainda estão em negociação e só devem ser concretizados após a reforma ministerial.

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