Biden retira Cuba de lista de países apoiadores do terrorismo

WASHINGTON, 15 JAN (ANSA) – Às vésperas de deixar o cargo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, medida que deve ser revertida após a posse do republicano Donald Trump.   

Em comunicado assinado por Biden, a Casa Branca diz que Havana “não forneceu nenhum apoio para o terrorismo internacional durante os seis meses anteriores” e “ofereceu garantias” de que não fará isso no futuro.   

A iniciativa faz parte de um acordo mediado pela Igreja Católica para libertar 553 prisioneiros em Cuba, que chegou a deixar a lista americana de países financiadores do terrorismo em 2015, no governo de Barack Obama, mas voltou em 2021, na gestão Trump. Os outros três Estados na relação são Coreia do Norte, Irã e Síria.   

A decisão de Biden provocou reações no Partido Republicano.   

“O terrorismo promovido pelo regime cubano não acabou.   

Trabalharei com o presidente Trump e meus colegas para reverter imediatamente e limitar os danos derivantes dessa decisão”, disse o senador Ted Cruz.   

A equipe de transição, no entanto, ainda não se pronunciou. O futuro secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, é filho de imigrantes cubanos que fugiram da ilha ainda antes da revolução comunista de Fidel Castro e um defensor das sanções contra Havana.   

Já o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que a decisão “vai na direção certa”, mas acrescentou que o bloqueio econômico ao país “continua”. (ANSA).   

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