Policia vai apurar vazamento de informações em ação contra Comando Vermelho

As corregedorias das forças de segurança pública do Rio de Janeiro vão apurar o possível vazamento de informações em uma megaoperação contra o Comando Vermelho realizada nesta quarta-feira (15).

Durante a ação no Complexo do Alemão e em outras regiões do estado, 12 pessoas foram presas e três suspeitos foram mortos em confronto. Houve ainda quatro feridos, entre eles um agente do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que passou por cirurgia e não corre risco de morte.

De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, a fuga dos criminosos pode ser decorrente da logística montada para a operação.

“Obviamente que nós vamos apurar qualquer tipo de vazamento pelas corregedorias, mas a simples mobilização, a gestão dos recursos humanos e o planejamento logístico para que a gente possa atuar no terreno já provocam a atenção dos criminosos, impulsionada pela velocidade da comunicação e das mídias sociais, gerando uma dúvida enquanto vazamento”, explicou o coronel.

Na ação, os agentes apreenderam oito fuzis, uma submetralhadora, uma pistola, sete granadas, carregadores e drogas. Das 12 prisões, oito ocorreram através de mandados.

Investigação aponta criação da “caixinha” do tráfico

Nesta fase da operação, os principais alvos são familiares e operadores do fundo financeiro do Comando Vermelho, conhecido como “caixinha do CV”. A operação conjunta no Complexo do Alemão contou com cerca de 500 PMs, duas aeronaves da Polícia Militar, 14 blindados, 70 viaturas da PM, além de veículos e maquinários para remover barricadas.

As investigações, conduzidas pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), revelaram um esquema sofisticado que movimentou R$ 21 milhões em cerca de 5.000 operações financeiras. Segundo o Ministério Público, 14 suspeitos foram denunciados por envolvimento no esquema.

“Enquanto eles estiverem causando intranquilidade, nós vamos atrás deles, dos parentes deles, que se beneficiam diretamente desse lucro das operações criminosas, e também dos parentes dos faccionados que estão presos”, declarou Felipe Curi, secretário de Polícia Civil.

A segunda fase da Operação Torniquete acontece desde setembro de 2024 e já resultou em mais de 300 prisões.

A iniciativa busca asfixiar financeiramente as organizações criminosas, que possuem recursos de diversos crimes fomentados pelas facções e que impactam a população, como roubos e furtos de veículos e de cargas, além de exploração e disputa por territórios.

“Querem roubar, trazer intranquilidade para a população do estado? As forças de segurança vão fazer o mesmo com eles. Não vai ter território no Rio de Janeiro onde as forças não vão entrar”, disse Victor dos Santos, secretário de Segurança Pública.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Policia vai apurar vazamento de informações em ação contra Comando Vermelho no site CNN Brasil.

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