Macron anuncia conferência internacional em Paris ‘para a reconstrução’ do Líbano

O presidente francês, Emmanuel Macron, ofereceu seu apoio aos novos líderes do Líbano nesta sexta-feira (17), em Beirute, e anunciou uma conferência internacional em Paris para ajudar a reconstruir o país, que está se recuperando de uma guerra com Israel.

O Líbano está tentando sair de uma crise política aguda e, em 9 de janeiro, Joseph Aoun, o comandante-chefe do Exército, foi nomeado presidente depois que o cargo ficou vago por mais de dois anos. Aoun nomeou Nawaf Salam, um juiz da Corte Internacional de Justiça, como primeiro-ministro.

Ambos enfrentam a difícil tarefa de reconstruir o país após a recente guerra entre Israel e o movimento islamista libanês Hezbollah, que coincide com uma grave crise econômica.

“Desde 9 de janeiro, no meio do inverno, a primavera chegou”, disse Macron a Aoun.

“Você é essa esperança, e o primeiro-ministro indicado está concretizando essa esperança ao seu lado”, acrescentou Macron.

O presidente francês anunciou que uma conferência internacional para a reconstrução do Líbano seria realizada “em algumas semanas” para coincidir com a visita de Aoun a Paris.

“Assim que o presidente chegar a Paris em algumas semanas, organizaremos uma conferência internacional para a reconstrução, a fim de mobilizar os fundos necessários para esse fim”, disse Macron.

As novas autoridades devem colocar o país de volta nos trilhos após a devastadora guerra entre o movimento pró-iraniano Hezbollah do Líbano e Israel, que terminou com um acordo de cessar-fogo em 27 de novembro.

O presidente francês pediu uma “aceleração” da implementação desse acordo antes do prazo final de 26 de janeiro.

De acordo com esse acordo, o Exército libanês deve se posicionar ao lado das forças de paz da ONU no sul do país e o Exército israelense deve se retirar antes dessa data.

O Hezbollah também deve retirar suas forças ao norte do rio Litani.

A França tem um relacionamento especial com o Líbano, um território que administrou por duas décadas após a Primeira Guerra Mundial. Os laços estreitos continuaram após a independência do país em 1943.

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