Mais de 100 atletas solicitam troca de medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris

Mais de 5 meses após o fim os Jogos Olímpicos de Paris, atletas que conquistaram o bronze na competição estão solicitando a troca de suas medalhas. 

Segundo o New York Times, mais de 100 medalhistas entraram em contato com o Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmando que as peças estão ‘descascando’ e mostrando sinais de desgaste.

E as reclamações não começaram recentemente. Poucos dias após o encerramento do evento, o esgrimista americano Nick Itkin compartilhou fotos de sua medalha degradada.

Mais de 100 atletas solicitam troca de medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris

Nick Itkin mostra medalha desgastada nas redes sociais (Foto: Reprodução/Nick Itkin)

“Não sei o que aconteceu, mas parece que essa medalha passou por muita coisa”, afirmou o atleta em um post no TikTok

Antes de Itkin, o skatista Nyjah Huston já havia levantado preocupações sobre o estado do prêmio. Com o passar do tempo, mais atletas tiveram motivos para reclamar.

Yohann Ndoye-Brouard, nadador francês que também subiu no pódio, fez piada ao mostrar uma foto da medalha que ganhou em seu país natal.

t.co/WzfoV3ECQt

A visibilidade das críticas obrigou o COI a se posicionar. “Medalhas defeituosas serão sistematicamente trocadas e terão suas gravuras refeitas de maneira idêntica”, disse a organização

A culpa é do verniz

As medalhas da Olimpíada de Paris foram projetadas pela Chaumet, especializada em joias de luxo que faz parte do grupo LVMH, que também é dono da Louis Vuitton. 

A empresa se juntou a Monnaie de Paris, uma espécie de Casa da Moeda da França, para produzir as peças. Do verniz à gravura, cada unidade demorou 15 dias para ficar pronta.

Em entrevista ao New York Times, um projetista da Chaumet afirmou que as medalhas de bronze foram as mais complicadas de desenvolver por se tratar de ‘um material muito delicado’.

E esse foi o único comentário que a marca fez sobre o assunto.

Quem tomou as rédeas do posicionamento foi a Casa da Moeda, que se prontificou a investigar os casos. Segundo o jornal francês La Lettre, a Monnaie foi ‘pega de surpresa’ ao não poder utilizar trióxido de cromo no verniz de suas medalhas.

A substância química foi banida pela União Europeia em 2017, sete anos antes dos Jogos Olímpicos de Paris. Seria o bloco político o verdadeiro vilão da história?

Para saber mais sobre o processo de substituição e o estado de suas medalhas, o site IstoÉ procurou atletas brasileiros que levaram o bronze em Paris, mas não obteve resposta.

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