O pedido de Lula a seus ministros e a sinalização ao Legislativo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está empenhado em melhorar as relações entre o Planalto e o Congresso Nacional e convocou seus ministros para enviar recados e enaltecer as candidaturas de Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado. Para isso, todos os ministros com mandatos devem pedir afastamento provisório para votar nas eleições no Congresso.

A determinação partiu do próprio presidente Lula nesta semana. O objetivo é prestigiar os novos mandatários do Legislativo e reforçar a imagem do governo junto aos parlamentares.

Os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luiz Marinho (Trabalho), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), André Fufuca (Esportes), Juscelino Filho (Comunicação), Celso Sabino (Turismo) e Marina Silva (Meio Ambiente) retornarão à Câmara dos Deputados para apoiar Hugo Motta.

Já Renan Filho (Transportes), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Carlos Fávaro (Agricultura) e Camilo Santana (Educação) voltarão ao Senado para votar em Davi Alcolumbre.

A medida não tem efeito prático, já que Alcolumbre e Motta são favoritos incontestáveis nas duas Casas, mas possui um simbolismo político relevante.

A relação de Lula com o Congresso ficou desgastada em parte dos últimos dois anos, e o petista quer reverter o cenário. Abriu mão de lançar um governista mais firme em prol da candidatura de Hugo Motta na Câmara e quer usar seus ministros para dar sinais de que o Planalto irá “de mãos dadas” com o novo comando do Congresso, nas palavras de um ministro ao site IstoÉ.

As eleições para as presidências da Câmara e do Senado estão marcadas para o dia 1º de fevereiro. O pleito no Salão Azul será o primeiro, na parte da manhã, enquanto a votação no Salão Verde está marcada para o período da tarde.

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