Dólar cai pelo 5º dia com tom brando de Trump sobre China e de olho em dados de c/c

O dólar recua no mercado à vista na manhã desta sexta-feira, 24, pelo quinto dia seguido, puxado pela fraqueza global da divisa americana, e o movimento ajuda a conter o fôlego dos juros futuros, juntamente com a queda dos rendimentos dos Treasuries.

A curva futura de juros sobe, após o avanço de 0,11% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em janeiro, que contrariou uma deflação esperada pelo mercado (mediana de -0,01%, com intervalo de -0,12% a +0,24%). Apesar da alta, o índice de janeiro é o mais brando desde julho/2023 (-0,07%). Com o resultado anunciado nesta sexta, o IPCA-15 acumula aumento de 4,50% em 12 meses, também acima da mediana dos economistas (4,36%). As projeções iam de avanço de 4,22% a 4,62%.

No mercado de moedas, o dólar se enfraquece mais, após o tom brando do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China, que fortalece o yuan. “Eu preferiria não ter que usar as tarifas, mas é um poder enorme sobre a China”, disse à Fox News. Euro e libra ganham força também após dados de PMIs europeus acima das previsões, enquanto aumento de juros para 0,50% pelo Banco do Japão apoia o iene. Também ajuda as moedas emergentes a valorização do petróleo, após seis dias em queda, e do minério de ferro (0,69%) em Dalian.

O real se beneficia também do déficit em conta corrente em dezembro e 2024 no País abaixo da mediana das projeções do mercado, enquanto os resultados do Investimento Direto no País (IDP) de US$ 2,765 bilhões em dezembro e de US$ 71,070 bilhões em 2024 superaram as estimativas dos economistas.

No radar está a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir com alguns de seus principais auxiliares medidas para baixar os preços dos alimentos.

Às 9h37 desta sexta, o dólar à vista caía 0,31%, a R$ 5,9074. O dólar futuro para fevereiro recuava 0,35%, a R$ 5,9130.

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