Petróleo fecha perto da estabilidade, encerrando semana em queda, de olho no governo Trump

Os contratos futuros de petróleo fecharam perto da estabilidade nesta sexta-feira, 24, encerrando uma semana marcada por quedas nas cotações da commodity. O grande destaque para o mercado segue o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vem reforçando os apelos por uma queda nos preços da matéria-prima.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 0,05% (US$ 0,04), a US$ 74,66 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,01% (US$ 0,01), a 77,55 o barril. Na semana, houve queda de 3,54% e 2,50%, respectivamente.

“O mercado petrolífero respondeu à primeira semana de Trump no cargo com descidas de preços: o preço do barril de Brent caiu novamente visivelmente abaixo da marca dos US$80. Trump provavelmente gostaria de atribuir isto aos incentivos à produção que anunciou para os produtores de gás e petróleo nos EUA. No entanto, estas eram geralmente esperadas e só terão efeito a longo prazo num ambiente de preços correspondente”, avalia o Commerzbank. “Pelo contrário, a descida dos preços deve-se provavelmente ao alívio que uma grande ronda de implementações tarifárias não se concretizou até agora”, avalia.

Nesta sexta, Trump voltou a afirmar que deseja que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduza os preços da commodity. O republicano argumentou que a queda nas cotações é fundamental para acabar com a “tragédia” do conflito entre Rússia e Ucrânia. “É uma guerra maluca, que nunca teria acontecido se eu fosse presidente à época da invasão”, disse.

Trump defendeu que a Opep deve parar de “fazer tanto dinheiro” e cortar os preços do ativo energético. “Se o petróleo estiver tão alto, aquela guerra não acabará tão facilmente”, afirmou.

O ministro da Economia e Planejamento da Arábia Saudita, Faisal Alibrahim, ao ser questionado sobre o pedido de Trump, ressaltou que a Arábia Saudita precisa manter o suprimento de petróleo em escala global e em acordo com os países-membros Opep. O ministro pontuou que isso significa manter os cortes de produção determinados pelo cartel, ao menos por enquanto.

O número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu 6 na semana, a 472, de acordo com informações da Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor.

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