Alerj cobra explicações sobre protocolos em operação na Penha e no Alemão

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj (CDDHC) notificou o Ministério Público do Rio nesta sexta-feira (24) e também pediu explicações às polícias e à Secretaria de Segurança Pública sobre os protocolos utilizados na megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade.

Um ofício também foi encaminhado à Secretaria de Saúde a fim de fazer um balanço sobre as unidades afetadas na manhã desta sexta.

A Comissão de Direitos Humanos destacou, por meio de nota, que as operações realizadas sem planejamento estratégico, inteligência e com foco bélico reiteram a falência do esquema de segurança pública no estado. E as ações repetitivas apenas agravam a violência urbana sem oferecer resultados duradouros, sacrificando vidas inocentes e prejudicando profundamente o cotidiano de quem vive nas comunidades.

“Mais uma vez o Estado recorre a operações desse tipo, escolhendo o caminho mais fácil, mais bélico e menos eficaz. A segurança pública não pode ser sinônimo de guerra, que vitimiza trabalhadores e também os próprios policiais, sem reduzir a violência de forma estrutural”, disse a presidente da CDDHC, deputada Dani Monteiro (PSOL).

Balanço da Operação

Na megaoperação deflagrada com o objetivo de controlar ações de criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) e combater roubos de cargas e de veículos, duas pessoas morreram, um homem foi preso e pelo menos duas pessoas ficaram feridas.

Entre os mortos, está o jardineiro Carlos André Vasconcellos dos Santos, de 36 anos. Ele foi vítima de uma bala perdida enquanto tomava café da manhã às margens do BRT.

E entre os feridos, está o policial policial militar Diogo Marinho Rodrigues Jordão, que segue hospitalizado em estado grave e um jovem de 21 anos que foi ferido dentro de casa.

A Comissão de Direitos Humanos da Alerj informou que vai entrar em contato com as famílias para oferecer atendimento.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Alerj cobra explicações sobre protocolos em operação na Penha e no Alemão no site CNN Brasil.

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