Governo avalia medidas para lidar com preços dos alimentos

O IPCA-15 desta sexta-feira (24) colocou mais pressão sobre o governo, que busca saída para frear a alta dos preços do que o brasileiro põe à mesa. A alta de 0,11% foi puxada principalmente por alimentos e bebidas, que subiram 1,06% no mês.

Após reunião com o presidente Lula, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, falaram sobre as propostas que consideram as mais proeminentes até o momento.

Rui Costa falou em reduzir as tarifas dos alimentos. A medida dependeria de uma análise comparando os preços de um mesmo produto no mercado interno e externo. “Se os preços desses produtos no mercado internacional estiveram mais baixos, poderão ser reduzidas as alíquotas de importação nesses produtos. Produtos com preço interno maior que externo, lutaremos pela redução de alíquota”, disse o ministro.

Com isso, o governo espera que os preços dos produtos nacionais que estiverem altos possam cair diante da concorrência dos importados – mais em conta por causa do desconto nas tarifas. Questionado sobre situações em que as cifras lá fora já estiverem mais caras, o chefe da Casa Civil recomendou: “O preço internacional está tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, outra fruta. Não adianta baixar a alíquota, porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro”.

O governo ainda avalia outras medidas, como o estímulo à ampliação das áreas de cultivo para que o aumento na oferta leve os preços para baixo. “Nós estimulamos a produção de arroz do ano passado para este ano e a produção de arroz deve ser 12 a 13% maior do que no ano passado. Portanto, os preços de arroz já cederam”, ressaltou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

No Planalto, a ordem também é deixar claro aquilo que o governo não vai fazer. São os casos por exemplo de eventuais congelamento ou tabelamento de preços. Os ministros que estiveram reunidos com Lula fazem questão de enfatizar que não há qualquer possibilidade de concessão de subsídios ou de alteração nas regras de validade dos produtos.

Também nesta sexta-feira (24), durante encontro com sindicalistas em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a safra prevista para o Brasil e a queda do preço do dólar devem resultar na redução dos preços.

A estimativa da safra de grãos mostra recorde e crescimento de 8,3% para a temporada 2024/25. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de produção de 322,47 milhões de toneladas. “Aí evidentemente o preço cai”, disse o vice.

 

 

 

 

 

 

 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo avalia medidas para lidar com preços dos alimentos no site CNN Brasil.

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