Equipes do Metrô entram no 3º dia seguido de trabalhos para retirar água da enxurrada de chuva que alagou Estação Jardim São Paulo

Linha 1-Azul opera parcialmente neste domingo (26). Volume de chuva acumulado nesta sexta (24) foi o terceiro maior desde o início das medições do Instituto Nacional de Meteorologia, em 1961. Vídeo mostra estragos causados pela chuva em estação de metrô tomada por enxurrada
As equipes do Metrô entraram neste domingo (26) no terceiro dia seguido de trabalhos para retirada do restante da água da chuva que alagou a Estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna, da Linha 1-Azul, na Zona Norte da capital paulista.
A enxurrada alagou a estação do Metrô durante a tempestade que atingiu a cidade na sexta-feira (24). Vídeos obtidos pela TV Globo e GloboNews mostram que os trilhos ficaram submersos por água barrenta (veja acima). Ainda é possível ver nas imagens que a área de acesso às catracas ficou repleta de lama e lixo. E quiosques e refeitórios com equipamentos e alimentos acabaram danificados.
Segundo o Metrô informou à TV Globo, por meio de sua assessoria de imprensa, o trecho entre as estações Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi permanece fechado neste domingo “para que as equipes de manutenção prossigam os trabalhos de restabelecimento”. Não foi informado quando ele será reaberto.
Enquanto isso, os passageiros poderão se locomover entre essas estações por meio do sistema de ônibus gratuitos do Paese. Cerca de de 200 profissionais trabalham na estação Jardim São Paulo para retomar a operação no local.
Desde o início da operação, os trens da linha 1-Azul estão circulando somente no trecho entre as estações Jabaquara e Santana do Metrô.
Segundo o Metrô, será reforçada a estrutura de “um muro do acesso, que sucumbiu com a força da água, não impedindo a inundação da estação.” Nas filmagens, feitas pelos próprios usuários, dá para ver o desespero de passageiros segurando barras de ferro para não serem levados pela força da água da enxurrada que entrava na estação Jardim São Paulo.
Na sexta, o município de São Paulo registrou o terceiro maior volume de chuva da história desde 1961, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) — foram 125,4 mm acumulados.
Drenagem de água na estação Jardim São Paulo, da linha 1-Azul do Metrô
Divulgação/Metrô
Morte de idoso
Na Zona Oeste, um homem de 73 anos morreu após uma enxurrada invadir sua residência em Pinheiros. Rodolpho Tamanini Netto, a vítima, era artista plástico.
Segundo o boletim de ocorrência do caso, a polícia suspeita que o idoso estava no quintal da residência quando a água invadiu o local.
Ele, então, teria sido arrastado até uma oficina localizada nos fundos do terreno. A água atingiu a altura aproximada de 2 metros. No local, havia marcas de sangue na parede e próximo ao teto da oficina.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, encontraram a vítima na residência dos fundos, já sem vida. O caso foi registrado como morte suspeita pelo 14º Distrito Policial (DP), Pinheiros.
Transtornos
Chuva deixa estação de metrô alagada e passageiros se agarram nas grades em SP
Os transtornos causados foram diversos. A Zona Norte foi a região mais afetada da capital, com ruas alagadas, carros levados pela enxurrada e cachoeira em escadarias do Metrô.
Na estação Jardim São Paulo, passageiros tiveram que se agarrar a grades para não serem levados pela correnteza da enxurrada que invadia o local (veja vídeo).
Durante uma agenda em comemoração ao aniversário de São Paulo, neste sábado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a cidade está “muito preparada” para lidar com eventos climáticos como os desta sexta-feira (24) e disse que os impactos da chuva poderiam ter sido piores sem as intervenções feitas por sua gestão.
Chuva chuva alaga metrô em SP, e passageiros se agarram em grades para não serem levados por correnteza
Arquivo Pessoal
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