Reino Unido anuncia novas sanções a Belarus após reeleição de Lukashenko

O Reino Unido anunciou novas sanções contra Belarus nesta segunda-feira (27), em coordenação com o Canadá, em resposta à reeleição do presidente Alexander Lukashenko após uma eleição descrita como “fraudada”.

As sanções afetam seis pessoas, incluindo o presidente da Comissão Eleitoral Central de Belarus, Igor Karpenko, assim como Andrei Ananenko, chefe do “GUBOPiK”, “uma das principais forças de segurança responsáveis pela perseguição política”, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores britânico.

Três empresas de defesa “que apoiam a guerra da Rússia na Ucrânia” também são afetadas pelas sanções, acrescentou o comunicado.

Em fevereiro de 2022, Lukashenko permitiu que a Rússia usasse seu território para lançar uma invasão à Ucrânia.

“Após a repressão brutal de Lukashenko, que silenciou vozes críticas dentro de Belarus, a farsa eleitoral de ontem não cumpriu as normas e foi condenada por parceiros internacionais”, disse o comunicado.

Lukashenko, de 70 anos, que governa Belarus com mão de ferro desde 1994, foi reeleito no domingo com mais de 80% dos votos, de acordo com a Comissão Eleitoral.

Durante seu último mandato, Lukashenko reprimiu completamente qualquer dissidência após os protestos massivos contra ele em 2020.

No domingo, Belarus teve sua primeira eleição presidencial desde 2020, quando Lukashenko reprimiu protestos contra ele após uma eleição que opositores e países ocidentais consideraram fraudulenta.

Segundo a ONU, mais de 300.000 bielorrussos, de uma população de nove milhões, fugiram por razões políticas, principalmente para a Polônia.

Diante dessa repressão, os países ocidentais impuseram uma série de sanções a Belarus, o que levou Lukashenko a acelerar sua aproximação com a Rússia.

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