“Perseguição” é até positiva, diz Eduardo Bolsonaro sobre Jair

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (30), que a “perseguição” com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é “positiva do ponto de vista político”.

O parlamentar falava sobre as investigações dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, que são associados a Jair Bolsonaro e que, segundo ele, não são criminosos por destruírem os prédios dos Três Poderes.

“Essa perseguição, até determinado momento, ela é até positiva do ponto de vista político, porque o nome de Bolsonaro está circulando, as pessoas veem que é uma  perseguição e torcem por aquela pessoa que está sendo injustamente processada. É quase um filme de Rocky Balboa, o Rocky apanha quase o filme inteiro e ai as pessoas torcem pelo Rocky e ele vence. Se Deus quiser, vai ser assim ano que vem”, disse Eduardo Bolsonaro.

Ele ainda  firmou que culpará o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, caso Jair Bolsonaro, indiciado em três inquéritos, seja preso.

“A culpa é de Alexandre de Moraes, única e exclusivamente Alexandre de Moraes está perseguindo a nossa família há muito tempo. O Alexandre de Moraes quer me ver preso”, disse o deputado. E acrescenta que “é lamentável que os ministros da Suprema Corte a todo momento interfiram na política, seguindo como uma espécie de revisores daquilo que acontece no Congresso Nacional, isso não reflete a harmonia dos Poderes”.

Jair Bolsonaro foi indiciado pela terceira vez em novembro do ano passado, sendo a última no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, depois do resultado da eleição presidencial de 2022.

Neste caso, ele é acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A CNN solicitou um posicionamento do ministro Alexandre de Moraes e aguarda um retorno.

Eleições 2026

O deputado ainda mencionou que, caso o pai continue inelegível para disputar as eleições presidenciais de 2026, ele votará em quem Jair Bolsonaro mandar, mas reiterou que caso o ex-presidente volte a ser elegível, ele “continua sendo o nosso candidato”.

“Eu vou votar em quem Jair Bolsonaro mandar, se ele mandar eu votar no macaco tião, eu voto no macaco tião”.

Jair Bolsonaro está inelegível até 2030. Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-chefe do Executivo inelegível por oito anos, por entender que o ex-presidente havia cometido abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, e atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

Posteriormente, o ex-mandatário foi novamente condenado à inelegibilidade pelo TSE. Desta vez, por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral.

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