Planalto aprova entrevista e quer que Lula fale mais com jornalistas

A avaliação do Palácio do Planalto sobre a primeira entrevista coletiva do presidente Lula sob a gestão do novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Sidônio Palmeira, nesta quinta-feira, 30, foi bastante positiva.

Lula também gostou do resultado e anunciou que dará mais entrevistas a partir de agora, repetindo o modelo adotado agora, por orientação de Sidônio.

O presidente desceu para falar com os jornalistas no térreo do Palácio do Planalto. Em uma postagem no Instagram, que pouco depois foi apagada de seu perfil oficial, Lula registrou que foi dia de conversar com os jornalistas, “o primeiro encontro de 2025, o primeiro de muitos que virão”. Ele afirmou ainda ter sido “um ótimo momento para falar sobre o que temos feito e o que ainda faremos pelo nosso Brasil”.

Durante a entrevista, Lula deu o tom da nova orientação: quer falar, ele próprio, com os jornalistas, o que seria melhor do que assistir informações do governo circularem por intermédio de interlocutores próximos. “Eu vou tentar fazer isso mais vezes. Porque se tem uma coisa que me irrita é sair noticia da boca do presidente quando ele não falou, e foi interpretação. Então, se vocês tiverem de fazer julgamento do presidente, façam depois de ouvir o presidente”, afirmou.

O presidente, seguindo as recomendações do ministro Sidônio, falará bem mais com os repórteres que acompanham suas atividades no Palácio do Planalto. Irá promover mais cafés da manhã com jornalistas e também ampliar as suas viagens pelo país.

Nessas viagens, serão programadas entrevistas a veículos de comunicação locais, principalmente emissoras de rádio. Essas conversas, às vezes longas e em emissoras de rádios do interior do país, agradam sempre ao presidente.

Nesta quinta, Lula chegou a ser questionado se aquela entrevista era, de fato, resultado de uma nova orientação – e se passaria a falar com os repórteres ao estilo do ex-presidente mexicano Andrés Manuel Lópes Obrador, que alcançou alta popularidade em seu país com as chamadas mañaneras – entrevistas diárias, a partir das 6 horas da manhã, que se estendiam por até três horas.

A experiência, que fez sucesso no México e é repetida pela atual presidente do país, Claudia Sheinbaum, no entanto, não daria certo no Brasil, na avaliação de Lula. As pessoas aqui não teriam paciência para ouvir alguém falando por tanto tempo nem Lula teria tanta coisa assim para dizer, como argumentou um de seus colaboradores.

O presidente fez um afago aos jornalistas. “Tem gente que acha a imprensa agressiva, mas vocês foram tão gentis e cordiais…”, disse, em um trecho da entrevista que foi incluído no post publicado no perfil do presidente na noite desta quinta e, depois, apagado. Esse mesmo post incluía imagens de Lula cumprimentando alguns dos jornalistas presentes.

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