Freixo anuncia projeto cultural sobre Amazônia: ‘Não basta destruir garimpo ilegal’

Durante a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em Minas Gerais, Marcelo Freixo, presidente da Embratur, deu detalhes sobre a segunda edição do edital “Brasil com S”, programa que apoiará a produção de quatro curtas-metragens inéditos focados no bioma Amazônia.

Em entrevista exclusiva ao site IstoÉ, Freixo destacou que a iniciativa reforça o compromisso de promover a internacionalização do audiovisual brasileiro, estimulando produções que dialoguem com o turismo e a valorização das belezas naturais e culturais do País, sobretudo em relação à população local.

“A responsabilidade com a Amazônia não é só com a floresta, mas com os povos. Quando você olha a Amazônia por cima, é muito magnífica, é muito extraordinária, mas a raiz da floresta são os seus povos, que mantiveram essa floresta de pé, viva, respirando e produzindo toda a sua importância”, afirmou.

O projeto cederá 50% das vagas para cotas, incluindo pessoas trans, população ribeirinha e indígenas, assim como aconteceu na edição anterior. Segundo ele, a iniciativa ajudará na criação de novas vertentes para a economia de maneira geral.

“O audiovisual e o turismo na Amazônia podem ser uma alternativa de economia legal, de economia verde, de autonomia de base comunitária. A cada atividade ilegal que a gente constrói na Amazônia, é uma atividade ilegal que se enfraquece. Então, não basta destruir garimpos ilegais, você tem que construir uma alternativa de trabalho, de vida, de dignidade, com sustentabilidade para esse povo que vive na Amazônia”, defendeu Freixo, revelando conversa que teve com o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, a respeito do projeto.

“Foi essa conversa com o presidente Lula que fez a gente colocar a Amazônia no lugar muito central da nossa política de promoção do Brasil”, encerrou.

**A repórter viajou a convite da Mostra de Cinema de Tiradentes

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