UNRWA continua operação humanitária apesar de bloqueio de Israel

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos, conhecida como UNRWA, continua sua operação humanitária normalmente, apesar do início de uma legislação israelense que rompe os vínculos com a organização, segundo a agência na quinta-feira (30).

“A UNRWA continua prestando assistência e serviços às comunidades que servimos”, declarou a UNRWA em uma publicação nas redes sociais.

O parlamento de Israel aprovou duas legislações para proibir a UNRWA de operar no país e proibir as autoridades israelenses de qualquer contato com a agência em outubro de 2024. As leis entraram em vigor na quinta-feira (30).

Na quarta-feira (29), Israel afirmou que cortaria todos os laços com a UNRWA a partir de quinta (30).

Israel acusa alguns funcionários da UNRWA de envolvimento no ataque de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas e de serem integrantes do grupo.

Desde 1950, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) tem ajudado refugiados palestinos na Jordânia, no Líbano, na Síria, em Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.

“Em Jerusalém Oriental, atendemos 70 mil pacientes que estão na base da escala econômica, os integrantes mais vulneráveis ​​da sociedade, pessoas que não têm acesso a cuidados de saúde acessíveis e que usam nosso sistema de saúde gratuito. Essas pessoas precisam de nós. Elas precisam desses serviços”, destacou Jonathan Fowler, porta-voz da UNRWA.

A proibição israelense, que ameaça a ajuda humanitária, a educação e os cuidados de saúde a milhões de palestinos, gerou preocupações na comunidade internacional.

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No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças. Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

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