Moradores de Santorini, na Grécia, deixam a ilha devido à atividade sísmica

A famosa ilha grega de Santorini foi abalada novamente nesta segunda-feira (3) por movimentos sísmicos, levando os moradores a ficarem fora de casa por medo ou a irem para outros lugares, apesar dos apelos do primeiro-ministro para manter a calma.

Desde domingo, mais de 200 tremores foram registrados na ilha turística do arquipélago das Cíclades, no Mar Egeu.

O mais forte dos tremores atingiu a magnitude 4,9 nesta segunda-feira e seu epicentro foi localizado entre Santorini e a ilha de Anafi, de acordo com o Instituto Geodinâmico do Observatório Nacional de Atenas.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu “aos habitantes da ilha que mantenham a calma”.

Minutos após o terremoto, os moradores da ilha receberam uma mensagem de alerta do Ministério da Proteção Civil grego, alertando sobre o “risco de deslizamentos de terra” em alguns povoados.

Todas as escolas permaneceram fechadas nesta segunda-feira.

Muitos moradores e turistas decidiram deixar a ilha por medo. Alguns passaram a noite ao relento, em veículos ou em recintos seguros fornecidos pelas autoridades municipais.

“Tudo tremia, tremia, tremia a cada três ou quatro horas ontem. Nunca tinha passado por isso antes” em Santorini, disse à AFP Kostas Sakavaras, um guia turístico que vive na ilha há 17 anos.

No domingo, ele decidiu deixar Santorini com sua família “por razões de segurança”.

Segundo especialistas, a atividade sísmica também afetou outras ilhas próximas, como Anafi, Ios e Amorgos.

As autoridades ressaltam que a atividade sísmica observada nos últimos dias não é resultado de atividade vulcânica, mas sim de movimentos tectônicos.

Santorini é uma das ilhas mais visitadas da Grécia. Tem uma população de apenas 15.500 habitantes, mas recebeu 3,4 milhões de turistas em 2023.

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