Beneficiários do MCMV sentem menor impacto de juros altos, diz CFO da MRV

O programa Minha Casa, Minha Vida alcançou um marco significativo em 2024, com mais de 698,5 mil financiamentos de unidades habitacionais, o maior número registrado em 11 anos, segundo o Ministério das Cidades.

Este resultado expressivo reflete a força crescente do setor de construção civil no Brasil.

Ricardo Paixão, CFO da MRV, uma das principais construtoras do país, atribui esse desempenho positivo a uma série de fatores.

“A gente teve corte de taxa de juros, subida de subsídio, teve subida do teto de financiamento”, explica Paixão, destacando que imóveis de até R$ 350 mil agora podem ser financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Um aspecto crucial do programa é sua relativa imunidade às flutuações da taxa Selic.

“Dentro do programa habitacional do Minha Casa Minha Vida, o funding, o recurso que é usado para poder financiar esses imóveis, vem do FGTS. Então, ele independe da taxa de juros Selic”.

Esta característica proporciona uma vantagem significativa para os beneficiários do programa. Em alguns casos, como no Nordeste, os juros podem chegar a ser negativos em termos reais, com taxas de 4% mais TR, enquanto a inflação roda em torno de 5% a 5,5% ao ano.

Para 2025, as expectativas são ainda mais otimistas. Paixão prevê um ano melhor que 2024, com um aumento na contratação de imóveis novos, o que deve impulsionar a geração de empregos e a atividade econômica no setor.

Quanto à reforma tributária, Paixão indica que, até o momento, não há previsão de aumento na carga tributária para imóveis econômicos de até R$ 320 mil, mantendo-se estável para este segmento.

O CFO da MRV também ressalta a importância dos criteriosos processos de análise de crédito realizados pela Caixa Econômica Federal, garantindo que o programa beneficie quem realmente necessita.

Adicionalmente, menciona a possibilidade de programas estaduais complementarem os subsídios federais, citando o potencial ingresso do estado do Rio de Janeiro nesse modelo.

Apesar do cenário positivo, Paixão reconhece os desafios do setor, como o aumento no custo de insumos devido à alta do dólar e da inflação.

Para enfrentar essas adversidades, a estratégia da MRV envolve um foco intenso em produtividade e padronização, visando manter o aumento de custos abaixo da inflação.

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