Inflação de serviços ainda é a maior preocupação e exige postura prudente, diz Guindos, do BCE

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a inflação de serviços da zona do euro continua a maior preocupação dos dirigentes, por seguir muito próxima de 4%. Esta persistência dos preços em nível elevado e as diversas incertezas sobre a economia global exigem a manutenção de uma “postura muito prudente” da política monetária, defendeu ele. “As circunstâncias atuais não são as melhores”, disse, durante evento “VI Encuentro Económico Asegurador”, promovido pela Mutualidad.

Contudo, Guindos ponderou que a inflação europeia deverá desacelerar ao longo deste ano de forma sustentável até atingir a meta de 2%, conforme efeitos de base em algumas categorias desapareçam e o avanço salarial diminua no bloco. “Prevemos um arrefecimento dos salários que terá muita importância para os preços futuros do setor de serviços”, pontuou.

O vice-presidente do BCE reiterou o alerta de que uma guerra comercial graças as tarifas dos EUA pode afetar o crescimento econômico europeu. Além do comércio, Guindos destacou os riscos provocados pelos níveis elevados da dívida pública de países da zona do euro. Neste cenário, o dirigente ressaltou que as decisões monetárias serão guiadas por dados, tomadas a cada reunião e sem uma trajetória predefinida para os juros.

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