Líbano empossa novo governo após 2 anos de impasse

ROMA, 8 FEV (ANSA) – O presidente do Líbano, Joseph Aoun, assinou neste sábado (8) um decreto com o primeiro-ministro designado por ele, Nawaf Salam, para a formação do novo governo do país, que será composto por 24 ministros.   

A medida chega após três semanas de difíceis negociações entre as diversas facções que compõem a sectária política libanesa, onde o presidente é sempre um cristão maronita, o premiê, um muçulmano sunita, e o chefe do Parlamento, um muçulmano xiita.   

O novo primeiro-ministro afirmou em seu discurso que o governo deve ser de “salvação e reformas”, que “são a única saída para uma verdadeira mudança, ao lado da segurança, da implantação da resolução 1701 [da ONU] e da retirada israelense” das áreas ainda ocupadas no sul do Líbano.   

“Quero instaurar um Estado de direito, lançando assim as bases para reformas e para salvação, para iniciar com o presidente o projeto de um novo Líbano”, afirmou Salam, ex-presidente da Corte Internacional de Justiça.   

A Organização das Nações Unidas (ONU) viu com bons olhos a chegada de novos nomes à política no país árabe, após dois anos de governo provisório.   

“A formação do governo de hoje anuncia um capítulo novo e mais brilhante para o Líbano”, disse em comunicado o escritório da coordenadora especial da ONU no país, Jeanine Hennis-Plasschaert.   

O general Aoun, comandante do Exército libanês, foi eleito em 9 de janeiro pelo Parlamento como novo presidente da República, cargo que estava vago desde 2022. (ANSA).   

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