Autoridades palestinas dizem que Israel matou duas mulheres na Cisjordânia ocupada

O Ministério da Saúde palestino anunciou a morte de duas mulheres na Cisjordânia ocupada neste domingo (9), pelas mãos das forças israelenses, uma delas grávida de oito meses.

O Exército israelense disse ter “atacado terroristas” no território, que está ocupado por Israel desde 1967 e onde a violência aumentou desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023.

Sundus Jamal Mohamad Chalabi, de 23 anos, morreu de madrugada no acampamento de refugiados de Nur Shams, no noroeste da Cisjordânia, disse o ministério. Seu marido, Yazan Abu Shola, ficou gravemente ferido.

A jovem morreu ao chegar ao hospital. “As equipes médicas não conseguiram salvar a vida do bebê devido à ocupação [do exército israelense], que impediu a transferência dos feridos para o hospital”, acrescentou o ministério em um comunicado.

O Exército disse à AFP que a polícia militar abriu uma investigação para esclarecer os fatos.

O casal “estava tentando deixar o acampamento antes que as forças de ocupação entrassem. Eles [a mulher e o bebê] morreram no carro. A mulher e seu bebê caíram como mártires, enquanto o marido foi ferido”, disse Murad Alyan, membro do comitê popular do acampamento, à AFP.

O Ministério das Relações Exteriores palestino condenou o que chamou de “crime de execução” e acusou as forças israelenses de “atacar deliberadamente civis indefesos”.

Outra mulher, Rahaf Fouad Abdullah Al-Ashqar, de 21 anos, morreu em um incidente separado no mesmo acampamento, informou o Ministério da Saúde.

Uma fonte do comitê popular do acampamento detalhou que Al Ashqar morreu quando “as forças israelenses usaram explosivos para abrir a porta da casa de sua família”.

O corpo armado lançou uma operação em Nur Shams neste domingo como parte de uma operação maior nos acampamentos vizinhos de Tulkarem e Jenin.

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