A caminho do Super Bowl, Trump promete ampliar tarifas e tomar Gaza

Donald Trump deixou Miami na tarde deste domingo (9) em direção a Nova Orleans para acompanhar a final da NFL. No caminho, a bordo do Air Force One, o presidente americano conversou com jornalistas sobre uma série de temas considerados controversos do início da sua gestão. A distância entre as duas cidades é de pouco mais de duas horas de avião, e Trump se tornou o primeiro presidente dos EUA a acompanhar o Super Bowl ainda durante o mandato.

Confira os principais trechos da conversa:

EUA serão “donos” de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (9) que está comprometido com a compra e a posse da Faixa de Gaza, mas que poderia ceder partes da terra a outros Estados do Oriente Médio para ajudar no esforço de reconstrução.

Trump ainda afirmou que o local daria um “bom empreendimento” imobiliário, ecoando uma declaração anterior, em que ele afirmou que o enclave palestino poderia se tornar uma “Riviera do Oriente Médio.

O Hamas, que governa a região, emitiu um comunicado também neste domingo, em que um integrante do braço político do grupo condena as afirmações de Trump e diz que os palestinos vão “frustrar qualquer tentativa de deslocar” os moradores da região.

Tarifas sobre aço e alumínio

O republicano disse também que anunciará na segunda-feira (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país, outra grande escalada em sua revisão de política comercial.

Durante o seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas posteriormente concedeu a vários parceiros comerciais quotas isentas de impostos, incluindo o Canadá, o México, a União Europeia e o Reino Unido.

Ele prometeu divulgar, ainda, tarifas recíprocas no início da semana que vem — igualando as taxas de importação às praticadas por qualquer parceiro comercial dos EUA.

Golfo da América

Durante o trajeto até Nova Orleans, Trump assinou a proclamação do “Dia do Golfo da América”, menos de um mês após trocar unilateralmente o nome da região reconhecida como “Golfo do México”.

“Isso é algo grande. E quase todos já concordaram com a mudança. Fazer a América grande de novo é tudo o que importa para gente”, afirmou Trump enquanto sobrevoava a área a bordo do Air Force One, a aeronave oficial da Presidência americana.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, já afirmou, em janeiro, que descorda da mudança, lembrando que a nomenclatura atual segue o padrão reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Ela também ironizou a proposta de Trump dizendo que seria necessário mudar o nome dos Estados Unidos para “América Mexicana”.

Guerra da Ucrânia

Aos jornalistas, o presidente americano disse ter mantido contato com o líder russo, Vladimir Putin, em negociações para o fim da guerra da Ucrânia. O republicano disse que espera se encontrar pessoalmente com Putin em breve.

Durante a campanha à Casa Branca, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia nas 24 horas seguintes à posse. O prazo, entretanto, venceu e Trump passou a tratar a questão como uma das prioridades da diplomacia americana.

Fraudes no Tesouro

Donald Trump disse, ainda, que acredita que a dívida dos EUA é menor do que os US$ 36,2 trilhões estimados pelo Tesouro Americano.

“Estamos encontrando coisas que são muito fraudulentas, portanto pode haver menos dívida do que pensamos”, afirmou.

A equipe comandada pelo bilionário Elon Musk está atualmente revisando os pagamentos da dívida americana, que tem um papel central no sistema financeiro global.

*Com informações da Reuters

Este conteúdo foi originalmente publicado em A caminho do Super Bowl, Trump promete ampliar tarifas e tomar Gaza no site CNN Brasil.

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