Inflação no Brasil cai para 4,56% na comparação anual em janeiro

O Brasil registrou uma inflação de 4,56% na comparação anual em janeiro, uma leve queda em relação à medição anterior (4,83%), o que aproxima o indicador da meta oficial, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).

A inflação desacelerou graças à queda nos preços associados à moradia (-0,36%), especialmente no custo da energia, que caiu 14,2% em relação ao mês anterior.

“Essa queda foi decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu”, que utilizou o saldo positivo da hidrelétrica de mesmo nome para subsidiar parte das contas dos usuários do Brasil em janeiro, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IBGE, em boletim.

No geral, os preços subiram 0,16% em relação a dezembro de 2024, o menor registro para um janeiro desde 1994, segundo a entidade.

Em contrapartida, a alimentação subiu 7,25% em relação a janeiro de 2024. Os preços dos alimentos pesam na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após um ano marcado por desastres ambientais em diversas regiões agrícolas.

O Executivo sugeriu vários planos para conter o aumento, mas ainda não decidiu sobre nenhuma medida específica.

O país se aproxima da sua meta de inflação de 3% para 2025, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. No entanto, o mercado prevê que a inflação chegará a 5,58% até o fim do ano, de acordo com a pesquisa mais recente do Banco Central do Brasil.

O emissor fez aumentos sucessivos nas taxas de juros desde setembro de 2024, em um esforço para conter o aumento dos preços.

Entre setembro e novembro, o Brasil registrou o menor índice de desemprego em 12 anos (6,1%) e no terceiro trimestre de 2024 o crescimento econômico atingiu 4% na comparação anual.

Apesar dos bons números, o governo Lula enfrenta desconfiança dos investidores devido à expansão dos gastos públicos.

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