Senado dos EUA confirma Gabbard como diretora de inteligência

O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (12), a indicação de Tulsi Gabbard como diretora dos serviços de inteligência nacional, apesar da oposição de muitos democratas devido aos estreitos vínculos da ex-parlamentar com o Kremlin.

A ex-democrata, de 43 anos, obteve 52 votos a favor e 48 contra para ocupar este cargo estratégico, que assessora o presidente dos Estados Unidos em questões de segurança nacional.

Sua indicação foi uma das mais polêmicas anunciadas pelo republicano Donald Trump após a vitória nas eleições.

O senador republicano Mitch McConnell, ex-líder da maioria no Senado, foi o único membro do Partido Republicano a se opor a Gabbard.

A ex-tenente-coronel foi criticada por ecoar os argumentos do Kremlin para justificar a guerra na Ucrânia, mas também por expressar dúvidas sobre as conclusões dos serviços de inteligência dos Estados Unidos de que o então presidente sírio Bashar al Assad, aliado da Rússia, havia utilizado armas químicas contra seu próprio povo.

Em 2017, quando foi eleita para a Câmara dos Representantes, Gabbard chegou a se reunir com o mandatário na Síria, uma viagem muito criticada por ambos os partidos na época e desde então.

Durante a sabatina perante o Comitê de Inteligência, os senadores também a interrogaram sobre seu apoio a Edward Snowden, que vazou informações prejudiciais aos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Agora, ela será responsável por chefiar esses serviços como diretora de inteligência.

A ligação de Gabbard com um movimento religioso com sede no Havaí e classificado por alguns observadores como uma seita também levanta muitas questões.

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