Kanye West: relembre ofensas e confusões da carreira do artista

O conta do cantor Kanye West, 47, na X foi desativada na terça-feira (11) após uma série de falas nazistas e racistas do artista. Ele também defendeu seu amigo, o rapper Sean Diddy Combs, sobre quem pesam diversas acusações de estupro e tráfico humano.

A voz de “Heartless” e “Niggas In Paris” West já postou discursos antissemitas no X em 2022, sendo restringido da plataforma. Desta vez, não se sabe se o rapper desativou o próprio perfil ou se foi removido da rede. Além das postagens nazistas, Kanye West promoveu a venda de uma camiseta branca com uma suástica nazista em um comercial local, na região de Los Angeles, Estados Unidos, durante o intervalo do Super Bowlna noite do último domingo (9).

A propaganda direcionava os espectadores ao site oficial de sua própria marca, a Yeezy, no qual apenas a camiseta está à venda, por US$ 20, o que equivale na cotação atual do dólar a R$ 115,80.

Essa não foi a primeira vez em que Kanye West ganhou destaque na mídia por se envolver em confusões e proferir ofensas públicas. Relembre abaixo alguns dos casos em que o rapper já se envolveu:

George Floyd

Logo após a morte de George Floyd, norte-americano morto asfixiado pela polícia de Minneapolis, Kanye West usou uma camiseta com a mensagem “White Lives Matter” (do inglês, “Vidas Brandas Importam”) e chegou a afirmar que a vítima teria morrido por uso de drogas, e não pela violência policial.

Na época, uma campanha de grandes proporções de foi iniciada como forma de protesto contra a conduta dos policiais envolvidos no caso e ganhou força como uma reivindicação contra a polícia em diferentes regiões do mundo.

A postura do rapper não só contradizia as reivindicações do movimento negro, como também ridicularizava o slogan da campanha, “Black Lives Matter” (do inglês, “Vidas Negras Importam”).

Anos mais tarde, a Justiça dos EUA atribuiu a morte à conduta dos policiais.

Escravidão opcional

Outra fala de cunho racista proferida por Kanye West ocorreu em 2018, quando ele chegou a sugerir, em entrevista ao TMZ, que a escravidão dos africanos nos Estados Unidos foi opcional.

“A gente ouve dizer que a escravidão durou 400 anos. Quatrocentos anos? Parece uma opção”, afirmou o cantor.

Antissemitismo

A conduta antissemita de Kanye West também não é novidade. Na época da morte de George Floyd, o cantor foi condenado publicamente por Sean “Diddy” Combs por fazer pouco caso da violência policial que afeta a população negra nos Estados Unidos e rebateu — com cunho ofensivo — dizendo que o amigo estava sendo controlado por judeus.

As declarações culminaram no fim do seu contrato com a Adidas, empresa que lançava as coleções da Yeezy — sua marca de calçados. O mesmo aconteceu com os acordos comerciais que Kanye tinha com a Balenciaga e a GAP.

Nazismo

Na esteira das falas antissemitas, o cantor também passou a se posicionar publicamente como um nazista nas redes sociais. Durante uma aparição no InfoWars, de Alex Jones, Kanye West reafirmou sua crença na ideologia fascista, elogiou Adolf Hitler e negou o Holocausto. Na época, sua conta no X (que ainda era chamado de Twitter) foi suspensa após a publicação da figura da suástica entrelaçadas em uma estrela de Davi — símbolos ligados ao nazismo e à cultura judaica, respectivamente.

Candidatura à presidência

Kanye West também chegou a concorrer à presidência dos Estados Unidos, nas eleições de 2020. Na época, o cantor já havia se mostrava como um grande entusiasta da postura adotado por Donald Trump na Casa Branca, mas rompeu com o então presidente. West pretendia comandar seu país ancorado em uma plataforma conservadora e, ao mesmo tempo, rasa. Ele contava com o apoio de Elon Musk, bilionário que hoje é um dos principais incentivadores do segundo mandato de Donald Trump.

Perseguição a Taylor Swift

O cantor apreendeu, por anos, uma caçada misógina a cantora Taylor Swift. A briga começou em 2009, quando a voz de “Blank Space” e “Cruel Summer” levou um troféu do VMA que ele acreditava que deveria ser destinado a Beyoncé. Kanye West subiu ao palco logo após o anúncio da categoria, pegou o microfone e fez um discurso constrangedor em defesa de Beyoncé.

A partir desse episódio, os dois passaram a trocar rusgas públicas, que foram pausadas quando Jay-Z promoveu a paz entre a dupla, em 2015. O caos foi reinstaurado quando Kanye West lançou a letra de “Famous”, em que chamava Taylor de “vadia”. Na época, Kim Kardashian — que era casado com o rapper — afirmou que a música havia sido referendado, com o xingamento, pela cantora. Taylor Swift negou prontamente que tivesse concedido autorização para a divulgação de uma música com esse caráter ofensivo.

*Com informações de Mariana Valbão, da CNN

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Kanye West: relembre ofensas e confusões da carreira do artista no site CNN Brasil.

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