Decisão de Flávio Dino diz que grupo pegava 6% do valor desviado de emendas

As investigações da Polícia Federal, que deflagrou a Operação EmendaFest, apontaram que o grupo suspeito de envolvimento em irregularidade pegava para si 6% dos valores das emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS).

Os policiais cumprem 11 mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal. As medidas foram autorizadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino. Segundo a decisão do magistrado, à qual o site IstoÉ teve acesso, o dinheiro aparecia na documentação como uma “contrapartida” pela “captação de recursos”, ou seja, destinação das emendas.

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Ainda conforme as investigações, o chefe de gabinete do deputado Afonso Motta (PDT-RS), Lino Rogério da Silva Furtado, e Cliver André Fiegenbaum, diretor administrativo e financeiro da Metroplan, são suspeitos de envolvimento no caso.

Além dos mandados da operação, chamada de ‘EmendaFest‘, o Supremo Tribunal Federal determinou que dois investigados sejam afastados de suas funções públicas e bloqueou de R$ 509 mil dos investigados.

As medidas foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, que protagoniza uma ofensiva por maior transparência na distribuição das emendas. Em dezembro de 2024, o magistrado chegou a bloquear R$ 4,2 bilhões em pagamentos por meio do dispositivo e determinou que a distribuição da verba, definida pelos parlamentares, seja identifica pelo autor e rastreável.

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