Com greve em Florianópolis, veja situação dos serviços de saúde e educação no município


Há profissionais paralisados nas escolas e creches. Também há servidores parados em centros de saúde, mas UPAs Norte e Sul funcionam normalmente. Cartaz informando sobre greve em centro de saúde de Florianópolis
Reprodução/NSC TV
Com a greve dos servidores municipais de Florianópolis, alguns serviços de saúde e educação estão limitados. A paralisação, motivada pela contrariedade ao projeto de reforma da previdência do funcionalismo público, começou na tarde de quarta-feira (12) e é por tempo indeterminado.
As porcentagens de adesão dos servidores municipais à greve foram divulgadas pela prefeitura. O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) informou que deve ter mais informações sobre o quantitativo no final do dia.
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Veja abaixo os números da adesão na saúde e educação:
Saúde
De acordo com a prefeitura, dos 2.095 colaboradores totais, 197 aderiram à greve, o que representa 9,40%. A maior parte dos serviços segue operando sem grandes alterações.
Os pacientes que tiverem algum impacto em consultas agendadas, serão orientados sobre a remarcação. Outros encaminhamentos poderão ser realizados através do Alô Saúde Floripa, pelo telefone 0800-333-3233.
Confira a adesão à greve nos centros de saúde por região:
Centro
Agronômica – Sem adesão
Centro – 4,35% de adesão
Córrego Grande – 75% de adesão
Itacorubi – 57,14% de adesão
João Paulo – 6,25% de adesão
Monte Serrat – 3,57% de adesão
Pantanal – Sem adesão
Prainha – 6,98% de adesão
Saco dos Limões – 3,33% de adesão
Saco Grande – 17,86% de adesão
Trindade – Sem adesão
Continente
Abraão – Sem adesão
Balneário – 31,82% de adesão
Capoeiras – Sem adesão
Coloninha – Sem adesão
Coqueiros – 12% de adesão
Estreito – Sem adesão
Jardim Atlântico – Sem adesão
Monte Cristo – Sem adesão
Novo Continente – 73,08% de adesão
Sapé – Sem adesão
Vila Aparecida – 7,69% de adesão
Norte da Ilha
Barra da Lagoa – 36,36% de adesão
Cachoeira do Bom Jesus – 50% de adesão
Capivari – 2,63% de adesão
Canasvieiras – Sem adesão
Ingleses – 65,22% de adesão
Jurerê – 25% de adesão
Ponta das Canas – 7,69% de adesão
Ratones – Sem adesão
Rio Vermelho – 5% de adesão
Santinho – 52,94%
Santo Antônio de Lisboa – Sem adesão
Vargem Grande – Sem adesão
Vargem Pequena – 10%
Sul da Ilha
Alto Ribeirão – 26,09% de adesão
Armação – Sem adesão
Caeira da Barra do Sul – Sem adesão
Campeche – 13,89% de adesão
Canto da Lagoa – Sem adesão
Carianos – Sem adesão
Costa da Lagoa – 50% de adesão
Costeira do Pirajubaé – 5,71% de adesão
Fazenda Rio Tavares – 25,93% de adesão
Lagoa da Conceição – Sem adesão
Morro das Pedras – Sem adesão
Pântano do Sul – 22,22% de adesão
Ribeirão da Ilha – Sem adesão
Rio Tavares – 38,46% de adesão
Tapera – 2,70% de adesão
Outros serviços:
Caps
Continente – Sem adesão
Ilha – 11,73% de adesão
Infantil – 18,35% de adesão
Ponta do Coral – Sem adesão
Caps 3 – 24h – Sem adesão
Não tiveram adesão:
Farmácia especializada
UPA Norte
UPA Sul
UPA Continente
SAMU
Outros serviços, incluindo policlínicas – 1,85% de adesão
Educação
Escolas municipais
Unidades com atendimento integral – 9
Unidades com atendimento parcial – 18
Unidades sem atendimento – 12
Porcentagem de profissionais em greve – 55,20%
Creches – Núcleos de Educação Infantil Municipais (NEIMs)
Unidades com atendimento integral – 36
Unidades com atendimento parcial – 37
Unidades sem atendimento – 12
Porcentagem de profissionais em greve – 30,2%
Greve
A decisão pela greve foi tomada em assembleia na tarde de quarta. A paralisação ocorre após o envio pela prefeitura da reforma da previdência para apreciação na Câmara de Vereadores (entenda o projeto no vídeo abaixo).
Entenda a reforma da previdência de Florianópolis
Os grevistas são contra a reforma da previdência dos servidores. O sindicato diz que ela aumenta o tempo de serviço, tempo de contribuição e taxa dos já aposentados.
Os servidores dizem ainda que a prefeitura descumpriu um acordo firmado no ano passado em que se comprometeu a chamar efetivos do concurso público na educação e na saúde.
O que diz a prefeitura?
Veja abaixo a nota da prefeitura na íntegra:
A greve deflagrada hoje pelo Sintrasem, por tempo indeterminado, acontece mesmo antes do início das discussões do projeto da Reforma da Previdência, enviada hoje (12) à Câmara de Vereadores. O projeto busca garantir a aposentadoria dos servidores e tem o objetivo de recuperar a capacidade de manutenção do fundo previdenciário.
“O sistema previdenciário está com um rombo de 8 bilhões, que se acumula desde 1999. Ninguém quis mexer antes e a bola de neve foi aumentando. Se continuar, a Prefeitura não vai conseguir pagar as aposentadorias em alguns anos. O que estamos propondo é uma adequação a algo que o Governo Federal já fez. A discussão agora é na Câmara de Vereadores e o sindicato anuncia greve, penalizando também os serviços para a população”, enfatizou o Prefeito Topázio Neto.
Tramitação do projeto
A Câmara de Vereadores de Florianópolis confirmou que o projeto chegou na tarde desta quarta e já foi lido em plenário.
Os próximos passos na tramitação incluem o documento passar pela Procuradoria da Câmara, que emitirá um parecer, e depois por comissões, uma delas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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