Saiba por que a escolha de Maria Beltrão para apresentar Oscar virou alvo de protesto

A jornalista Maria Beltrão foi a escolhida para comandar a transmissão do Oscar 2025 pela Globo, no entanto, a decisão da emissora tem gerado revolta nas redes sociais.

Isso porque, para os brasileiros, a estrela da noite vai ser o filme “Ainda Estou Aqui”, que fala sobre a ditadura, e a apresentadora do “É de Casa” é filha de um ministro signatário do Ato Institucional Número Cinco (AI-5).

Tratava-se de Hélio Beltrão (1916-1977), ministro do ditador Costa e Silva (1899-1969). O economista foi um dos signatários do movimento, que teve como consequências a censura, tortura e morte aos opositores da ditadura.

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Um desses opositores é o ex-deputado Rubens Paiva (1929-1971), pai de Marcelo Rubens Paiva, autor do longa dirigido por Walter Salles, que narra a história da família do político. Eunice Paiva (1929-2018), interpretada por Fernanda Torres, teve o marido, Rubens (Selton Mello), sequestrado e morto no regime militar e se tornou ativista pelos direitos humanos.

Além disso, Hélio Beltrão também atuou no governo de João Figueiredo. Já o filho dele, irmão de Maria Beltrão, Hélio Coutinho Beltrão, é presidente do Instituto Mises Brasil.

A instituição defende o pensamento libertário de direita e os movimentos paleolibertários e anarcocapitalistas nos Estados Unidos, que serviu de inspiração para grupos como MBL e políticos como Javier Milei, presidente da Argentina.

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