O desafio do Brasil frente a um mundo menos globalizado

A globalização nada mais é que o avanço do capitalismo em escala global. É um processo contínuo do aumento do comércio entre nações e fluxo de capitais entre países. Esse processo permite a redução de custos de produção em larga escala, tornando acessíveis bens outrora adquiridos somente pelos ricos. A globalização não apenas reduz preços de mercadorias, como também ajuda a tirar pessoas da pobreza, seja pelo estímulo do comércio internacional, seja pela abertura de empresas em países pobres, gerando renda e emprego no local.

Entretanto desde a pandemia este processo vem sendo ameaçado. Com a disrupção das cadeias produtivas, muitas empresas passaram a produzir mais próximas de suas matrizes ou de seus mercados consumidores, mesmo que isso implicasse em aumentos de custos de produção. Depois, veio a guerra da Rússia com a Ucrânia, que também acendeu o alerta para muitos países.

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Os governos de várias nações começaram a achar prudente alguns itens estratégicos, como energia, produzir internamente, mesmo que isso possa elevar o preço de bens e serviços. E agora, Donald Trump, quer equilibrar o jogo do comércio internacional, com a elevação de tarifas de exportação para os EUA. De acordo com presidente, muitos países adotam barreiras protecionistas contra os EUA, desequilibrando a relação de comércio entre eles.

O ponto é que se o mundo entrar numa guerra comercial será mais um freio no avanço da globalização. Nesse cenário, o fortalecimento interno de um país se torna ainda maior, ainda mais no Brasil, tão dependente de investimentos estrangeiros e da exportação para os EUA e China. Nesse sentido, o controle de gastos, o enxugamento do Estado e a segurança jurídica se tornam ainda mais fundamentais para o Brasil enfrentar o processo de desglobalização. 

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