PlatôBR: Chances de Padilha assumir Saúde voltam a crescer, dizem governistas

Integrantes do governo ligados à área da saúde estão apostando na migração do ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, para o lugar de Nísia Trindade no Ministério da Saúde. O presidente Lula, de acordo com relatos de fontes do governo, estaria mesmo decidido a substituir a ministra.

Há um reconhecimento da capacidade de Nísia, a primeira mulher a presidir a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), como cientista e pesquisadora. Como gestora, porém, ela não teria agradado. Integrantes da administração Lula dizem que ele só não teria substituído Nísia antes porque a saída dela exigiria a recomposição do número de mulheres no ministério – isso exigiria outras mudanças.

Para substituí-la, dois nomes do PT vinham sendo apontados: o de Padilha e o de Arthur Chioro, ministro da Saúde no governo Dilma. Chioro é avaliado por Lula como um bom gestor desde o período em que foi secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), na gestão de Luiz Marinho, hoje ministro do Trabalho, como prefeito da cidade.

Até uma semana atrás, Padilha tinha 70% de chances de ser o novo o ministro, e Chioro, 30%, de acordo com os mesmos integrantes do governo que atuam na área de saúde. Hoje, as chances de Padilha são bem maiores, avaliam petistas.

Decidindo alojar Padilha no posto, Lula pode se livrar da possibilidade de entregá-lo ao Centrão. Essa é uma das razões principais do fortalecimento do nome do ministro na corrida pela cadeira.

Integrantes do governo dizem que, mesmo que o presidente não anuncie a sua reforma ministerial antes do Carnaval, nomes do PT podem ser trocados antes do feriado.

Além da substituição de Nísia por Padilha, outros cotados para deixar a Esplanada são Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), que deve ser substituído pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e Wellington Dias (Assistência Social e Combate à Fome). No caso de Dias, que tem mandato de senador, Lula contaria com o retorno dele ao Senado para fortalecer a defesa das pautas do governo na casa.

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