Rio sediará cúpula do BRICS em 6 e 7 de julho

A cúpula dos líderes dos países do BRICS será realizada em 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, anunciou, neste sábado (15), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Este ano, o Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco de economias emergentes, que reúne Rússia, Índia, China e África do Sul, entre outros países.

“A reunião de chefes de Estado do BRICS será no Rio de Janeiro, no mês de julho deste ano, nos dias 6 e 7, quando receberemos na cidade do Rio de Janeiro os chefes de Estado dos 20 países que integram o BRICS nas duas categorias, de membros plenos e parceiros”, disse Vieira em um vídeo postado na rede X pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Durante a cúpula, “vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento de todos esses países, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países”, acrescentou.

O presidente americano, Donald Trump, reiterou, na quinta-feira, a ameaça de impor tarifas alfandegárias de 100% aos países do BRICS que tentarem acabar com a hegemonia internacional do dólar.

Trump já tinha feito esta advertência em novembro, ainda como presidente eleito, depois que, durante a última cúpula do bloco na cidade russa de Kazan, em outubro, foi colocado sobre a mesa o impulso às transações em moedas diferentes da americana.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dito que, durante a presidência brasileira do BRICS, ele se concentrará em impulsionar a cooperação entre países do Sul Global e a reforma das instituições multilaterais.

Entre suas prioridades, ele mencionou o desenvolvimento de meios de pagamento para facilitar o comércio e os investimentos entre os países-membros.

Em janeiro, o chefe negociador brasileiro do bloco, Eduardo Saboia, disse, em entrevista à AFP, que não há nenhum projeto para substituir o dólar, mas sim uma discussão sobre o uso das moedas locais nas transações.

Criado em 2009, o grupo foi ampliado recentemente com a inclusão de países como Indonésia, Irã, Egito e Emirados Árabes Unidos, além de uma dezena de países associados, entre eles Cuba, Bolívia, Nigéria, Argélia e Turquia.

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