Com folias únicas, Itália prova que Carnaval vai além de Veneza

ROMA, 17 FEV (ANSA) – O Carnaval na Itália não se resume às máscaras de Veneza ou aos carros alegóricos em Viareggio. Com celebrações de norte a sul que resgatam tradições peculiares, o país europeu prova a versatilidade da festa em seu território.   

Em Valle del Gran San Bernardo, no Vale de Aosta, os habitantes realizam o “Carnaval de Coumba-Freide en Etroubles”, que, com máscaras típicas, chamadas de “landzette”, e roupas coloridas enfeitadas com lantejoulas, recordam a passagem dos soldados do imperador francês Napoleão Bonaparte em maio de 1800. Neste ano, a festividade acontece nos dias 27 e 28 de fevereiro.   

No Piemonte, o vilarejo de Vho, província de Tortona, realiza em 4 de março um Carnaval particular, cujos protagonistas são marionetes feitas pela tradicional família Sarina, que desde o século 18 fabrica os bonecos que trazem alegria a foliões de todas as idades.   

Ainda no norte italiano, a partir de 27 de fevereiro, em Verona, no Vêneto, acontece o “Bacanal del gnoco”, um dos carnavais mais antigos da Europa e que remonta ao século 16. A festa traz bailes de máscaras, desfiles de carros alegóricos, além da “grande gnoccolada” e do passeio de “Tommaso Da Vico”, o criador do rito, em um burro.   

Reza a lenda que, em 1531, após uma terrível fome na cidade, o médico Tommaso Da Vico deixou em testamento a obrigação de distribuir ingredientes do nhoque – pão, farinha, manteiga e queijo – e vinho à população do bairro de San Zeno. Naqueles tempos, a receita não levava batatas.   

Já no sul, em Palma Campania, província de Nápoles, a festa de Carnaval acontece de 22 de fevereiro a 4 de março com uma disputa entre grupos folclóricos locais, que devem propor uma canção original do repertório napolitano em dialeto. A brincadeira é acompanhada em marcha até o centro histórico da cidade com desfiles de máscaras e fantasias.   

Em Aliano, na província de Matera, Basilicata, a população celebra o Carnaval com máscaras com chifres que evocam figuras demoníacas, cujo caráter atemorizante é atenuado por chapéus coloridos e pelo som de acordeões. (ANSA).   

Adicionar aos favoritos o Link permanente.