Chefes da diplomacia dos EUA e Rússia se reúnem na Arábia Saudita

Funcionários de alto escalão dos governos dos Estados Unidos e da Rússia, incluindo os chefes da diplomacia, iniciaram nesta terça-feira (18) uma reunião em Riade para restabelecer as relações entre os dois países, que estão no pior nível desde a invasão russa da Ucrânia, e preparar um possível encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin.

A reunião gerou inquietação em Kiev e entre as potências europeias, que temem que a aproximação entre Washington e Moscou os deixe de fora das negociações. O encontro, o primeiro desta magnitude desde que Moscou iniciou a ofensiva em 24 de fevereiro de 2022, começou pouco antes das 10H30 locais (4H30 de Brasília), no palácio de Diriyah, na capital saudita.

A delegação americana é liderada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Do lado russo, a delegação tem as presenças do chefe da diplomacia Serguei Lavrov e do conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov.

As duas partes fizeram o possível para minimizar as expectativas sobre o encontro, mas uma reunião deste calibre reflete uma mudança espetacular nas relações entre Estados Unidos e Rússia. A reunião “será dedicada principalmente a restabelecer o conjunto das relações russo-americanas”, disse na segunda-feira o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

“Também será dedicada a preparar possíveis negociações sobre uma resolução ucraniana e a organização de um encontro” entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo americano, Donald Trump, acrescentou. A reunião acontece a poucos dias do terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia e foi organizada após a conversa telefônica entre Putin e Trump a Putin na semana passada.

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O conflito na Ucrânia, no entanto, será penas um dos diversos tópicos da agenda da reunião, para a qual nem a Ucrânia, nem os países europeus foram convidados. Segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, seu governo não foi informado oficialmente sobre a reunião. Ele advertiu que a Ucrânia “não reconhecerá” nenhum acordo sobre seu futuro que seja negociado sem sua participação.

*Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira

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