Quem é o senador que sugeriu que o Exército roubasse urna do TSE

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse em sua delação premiada que o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) teria defendido que o Exército pegasse urna eletrônica sem autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e supostamente apresentou a ideia ao ex-mandatário.

De acordo com o militar, o senador “usava um documento do Ministério Público Militar que dizia que, como o país estava em GLO [Garantia da Lei e da Ordem], para garantia das eleições, entendia que as Forças Armadas poderiam pegar uma, sem autorização do TSE ou qualquer instância judicial, para realizar testes de integridade”.

Além disso, teria pedido que a sugestão fosse repassada ao então ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto. No entanto o ex-presidente “não encampou esse entendimento”.

Quem é o senador?

O parlamentar gaúcho se tornou próximo a Jair Bolsonaro durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou as ações e omissões do antigo governo durante a pandemia de Covid-19. Heinze fazia parte da base de apoio ao então presidente.

Outro episódio que o fez ganhar notoriedade foi ter sido autor da emenda que inclui a erva-mate — utilizada para preparar chimarrão — na cesta básica, isentando assim o produto de tributos. Essa proposta foi aprovada no Senado Federal.

Depois, por meio das redes sociais, ele comemorou o feito ao afirmar que, “na prática, isso significa que o nosso mate de todo dia vai ficar mais barato, impulsionando um mercado que é fonte de renda para milhares de pequenos produtores gaúchos”. Para ele, a medida valorizou a cultura e tradição gaúcha.

Heinze chegou a se candidatar para o governo do Rio Grande do Sul pelo PP em 2022. Ele ficou em quarto lugar, com 271,55 mil votos válidos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.