Petróleo sobe impulsionado pela demanda americana

Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira (20), impulsionados pelo mais recente relatório sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos, enquanto o mercado acompanha de perto as discussões sobre a guerra na Ucrânia.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em abril, subiu 0,58%, chegando a 76,48 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, para entrega em março, teve alta de 0,44%, atingindo 72,57 dólares.

“O relatório da Agência de Informação sobre Energia dos EUA (EIA) parece ter dado um impulso ao petróleo”, afirmou Phil Flynn, da Price Futures Group.

Os estoques comerciais de petróleo nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado na semana passada, segundo os dados publicados nesta quinta-feira pela EIA.

Na semana encerrada em 14 de fevereiro, esses estoques cresceram 4,6 milhões de barris (mb), acima do aumento de 3 milhões previsto pelos analistas, de acordo com um levantamento da Bloomberg.

“Observamos um aumento nos estoques de petróleo”, o que “provavelmente se deve a problemas de manutenção em refinarias devido ao clima frio”, explicou Flynn.

Em teoria, o aumento dos estoques costuma pressionar os preços para baixo, mas o “ponto-chave” do relatório foi a “demanda muito forte”, segundo o analista.

Os volumes de produtos destilados entregues ao mercado americano, considerados um indicador implícito da demanda, aumentaram 18,43% em uma semana. Essa categoria inclui o diesel.

Por outro lado, os operadores seguem atentos à evolução das negociações para encerrar a guerra na Ucrânia.

O fato de que as conversas entre Estados Unidos e Rússia “estejam acontecendo em Riade, na Arábia Saudita, é um sinal muito forte de que as negociações não dizem respeito apenas à Ucrânia, mas também ao petróleo e ao gás em geral”, afirmou Bjarne Schieldrop, analista do SEB.

O Kremlin afirmou nesta quinta-feira ter chegado a um acordo com os Estados Unidos para retomar o diálogo sobre “todos os parâmetros”, em um contexto de reaproximação entre Moscou e Washington.

Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia são os três maiores produtores de petróleo do mundo.

Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou nesta quinta-feira que deseja “vínculos sólidos” com os Estados Unidos, após se reunir em Kiev com o enviado especial norte-americano Keith Kellogg. A declaração ocorreu um dia depois de Donald Trump ter chamado Zelensky de “ditador”.

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SEB SA

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